Klabin: preço e demanda da celulose ajudam, mas incertezas permanecem no radar, aponta Safra
A Klabin (KLBN11) soube se virar bem durante o momento mais intenso do coronavírus, beneficiada pela demanda resiliente de seu mercado alvo.
Para entender melhor como a empresa está lidando com os desafios dos próximos trimestres, os analistas do Banco Safra, Conrado Vegner e Victor Chen conversaram com a equipe de RI da gigante de celulose.
Entre os pontos destacados pela dupla, está o aumento de preços na China.
Segundo a empresa, o fornecimento mais saudável e o equilíbrio da demanda ao longo do terceiro trimestre forçaram os produtores do país asiático a elevarem os valores da celulose de fibra curta.
“A elevação do preço da celulose foi recebido com pouca resistência”, pontuaram Vegner e Chen.
Porém, a Europa causa preocupação com os efeitos da segunda onda do coronavírus, que já provoca fechamentos em países como Reino Unido e França. Apesar disso, os analistas destacam que a manutenção das atividades escolares podem levar a um menor impacto na demanda de papel.
No Brasil os preços médios no quarto trimestre devem aumentar. A Klabin acredita ainda que há espaços para novos aumentos em 2021.
Sobre o pagamento de royalties para a utilização do nome Klabin, que pertence ao grupo Sogemar, a empresa informou que está incentivando a participação dos acionistas para que a questão seja finalmente resolvida.
A reunião com acionistas deverá ocorrer no próximo dia 26 de novembro. O pagamento de royalties está estimado entre R$ 50 a 60 milhões em 2020.
Por fim, os analistas destacaram ainda a produção de celulose, que está acima da capacidade, com uma produção de 1,15 mega tonelada.
O Safra manteve o preço-alvo de R$ 23,30 para a Klabin.