Klabin ou Irani: qual sai na frente e surpreenderá mais no 1º trimestre?
Um dólar (USDBRL) forte e preços de celulose mais altos, no caso a fibra curta na China cotada a US$ 610 por tonelada, salto de 33% na comparação trimestral, devem gerar mais um período intenso de receitas, na opinião da XP Investimentos.
Em entrevista ao Agro Times, o diretor diretor de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da Suzano (SUZB3), Marcelo Bacci, já pontuou que a combinação de preços altos do dólar e da celulose é incomum e bastante positivo às empresas do setor.
Dentro do universo de cobertura da XP, a Klabin e a Irani disputam o protagonismo diante de um trimestre marcado por um verdadeiro bull market por commodities agrícolas, como já sinalizou um executivo de trading da Cargill.
“Acreditamos que os preços mais altos em todas as linhas e os volumes vindos da aquisição da International Paper devem compensar as vendas sazonalmente mais baixas da Klabin (KLBN11)”, destacam os analistas Yuri Pereira e Thales Carmo, que assinam o relatório da XP.
Segundo a dupla, o dólar ainda alto é o principal fator de alavancagem da companhia, com 4,1x Dívida Líquida / Ebitida.
Devido à demanda saudável por papel e embalagem no futuro e à recuperação dos preços da commodity, a Klabin ganha recomendação de compra da XP.
Já a Irani (RANI3) terá mais um trimestre de fortes volumes nos segmentos de papel para embalagens e papelão ondulado (73 mil toneladas, queda de 2,8% no trimestre), com a empresa operando em plena capacidade.
“Esperamos uma margem estável, com melhores preços realizados, salto de 12% no período, mais do que compensando os preços mais altos de aparas (papelão reciclado) e celulose no período”, justificam.
Com foco nos benefícios de longo prazo e projetos de expansão, a Irani continua com recomendação de compra pela corretora.