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Klabin (KLBN11): Safra vê potencial de valorização, mas mantém recomendação neutra; entenda

18 nov 2024, 16:47 - atualizado em 18 nov 2024, 16:47
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A análise vê a Klabin sendo negociada a 6,8x Ev/Ebitda (valor da empresa dividido pelo Ebitda) em 2025. (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

O Banco Safra divulgou nesta segunda-feira (18), um novo relatório a respeito da Klabin (KLBN11). Na visão dos analistas, existem “ventos favoráveis” para crescimento do valor das ações, mas a recomendação ainda é neutra visando possíveis riscos.

“As avaliações são boas, especialmente à medida que nos voltamos para 2026, mas não esperamos uma reclassificação no curto prazo”, diz o Safra. O banco mantém o preço-alvo de R$23,90 para a Klabin, com potencial de valorização de 16% em relação ao último fechamento (14).

A análise vê a Klabin sendo negociada a 6,8x Ev/Ebitda (valor da empresa dividido pelo Ebitda) em 2025, de acordo com as estimativas do banco. Os analistas consideram um desempenho bom em comparação com os últimos 5 anos e afirmam que a estimativa de Ebitda parece melhor que a de outros players globais de papel e celulose, com exceção da Suzano (SUZB3).

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O que compõe a prévia da Klabin (KLBN11)?

O Safra prevê um Ebitda de R$ 8,3 bilhões para a Klabin em 2025 e R$ 9,1 bilhões em 2026, considerando fatores positivos como: maiores preços realizados de kraftliner e caixa de papelão ondulado; real mais fraco; e menor custo total de caixa por tonelada. 

O relatório sugere que o preço das ações podem subir devido ao possível ciclo de alta nos preços da celulose; pelo crescimento do Ebitida; e pela desalavancagem, auxiliada pelo ‘Projeto Plateau‘, que antecipa entradas no caixa da empresa.



Entretanto, a análise cita fatores negativos, como volumes inferiores de vendas de papelão revestido e preços realizados materialmente menores. Apesar de acreditar que resultados mais altos em papel e embalagem podem compensar resultados mais baixos em celulose, os analistas identificam espaço limitado para surpresas na expectativa do mercado.

Os analistas Ricardo Monegaglia e Felipe Centeno apontam os preços de celulose, papel e embalagens diferentes das estimativas como um dos principais riscos. Além disso, também citam volumes de vendas e custos diferentes das estimativas; e pregam atenção com a velocidade da desalavancagem e a desvalorização do real.