Klabin (KLBN11): ação recua após resultados do 2T25; o que desagradou os analistas?

As ações da Klabin (KLBN11) figuram entre as principais quedas do Ibovespa nesta terça-feira (5), após divulgar resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25).
Por volta volta das 14h30 (horário de Brasília), os papéis caiam 1,20%, cotados a R$ 37,78.
A companhia reportou um lucro líquido de R$ 585 milhões no período de abril a junho, sendo um aumento de 86% em relação ao mesmo trimestre em 2024. A cifra superou as expectativas do mercado, que projetava lucro líquido próximo a R$ 486 milhões.
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Apesar da alta no lucro, os analistas observam que o Ebitda (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização) poderia ter sido melhor. Para o Itaú BBA, o valor de R$ 2,04 bilhões veio 5% abaixa da estimativa da casa, que era de R$ 2,15 bilhões.
No relatório, eles avaliam que os números foram impactados principalmente pelo desempenho da receita e custos, tanto na divisão de celulose quanto na de papel/embalagens.
Outro ponto de atenção dos analistas foi a geração de fluxo de caixa livre (FCF), que foi mais fraca em R$ 134 milhões, equivalente a um yield anualizado de 2%, afetada por maior necessidade de capital de giro.
O BB Investimentos, por outro lado, acredita que o resultado foi positivo, com números estáveis. O banco destaca o crescimento de 6% nos volumes de celulose e de 4% nas embalagens, com preços mais altos em papéis e kraftliner.
Enquanto isso, a dívida líquida recuou para R$ 28 bilhões, levando a alavancagem em reais para 3,7 vezes o Ebitda.
A companhia também reforçou o caixa com R$ 1,6 bilhão e aprovou R$ 306 milhões em dividendos. Para o BB, os números mostram resiliência operacional e solidez, mesmo em um cenário desafiador para o setor.
Com duas análises distintas, o BTG Pactual preferiu definir os números da Klabin como “resilientes”, mesmo diante de um ambiente desafiador para commodities. O banco destacou o crescimento de volumes em todas as divisões.
Com tom um pouco mais otimista, os analistas do BTG apontem a companhia como um nome defensivo, beneficiada pela diversificação de negócios e potencial de desalavancagem. O banco acredita que o mercado subestima o crescimento futuro com os projetos Puma II e Figueira.
O que fazer com as ações da Klabin?
Os analistas do BTG e do Itaú BBA avaliam que a ação segue com a recomendação de “compra”, enquanto o BB Investimentos prefere uma postura “neutra”.
Instituição | Recomendação | Preço-alvo |
---|---|---|
Itau BBA | compra | R$ 25 |
BTG Pactual | compra | R$ 26 |
BB Investimentos | neutra | R$ 25 |
Santander | Compra | R$ 33 |