Klabin (KLBN11): Projeto Caetê, melhor mix e custos; XP vê boas perspectivas após papo com CFO
Os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano, da XP Investimentos, se reuniram na última semana com o CFO da Klabin (KLBN11), Marcos Ivo. Após a conversa, os analistas destacaram três pontos principais para tese, entre eles:
- Os resultados devem ser impactados positivamente pela combinação de um melhor mix de vendas (dado o aumento dos projetos em andamento), redução de custos (após a aquisição do projeto Caetê) e condições sólidas de mercado para seus principais negócios (celulose, papel e embalagens);
- Projetos em andamento estão progredindo bem, com o aumento do PM#27, PM#28 e Figueira vindo como esperado pela casa, e
- Perspectivas para os preços da celulose permanecem positivas, com uma oferta vs. demanda apertada continuando a apoiar os preços em níveis elevados no curto prazo, e custos estruturalmente mais altos de fibra de madeira e Capex potencialmente mudando as expectativas de longo prazo do mercado para cima.
Apesar das melhores perspectivas, a XP ressalta que mantém, por enquanto, sua recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 24,50 e potencial de alta de 20,87%
Melhores projeções de custos e preços para Klabin
Com boas projeções para 2024 e 2025, a empresa espera que os volumes de produção aumentem nos próximos anos, dados os maiores volumes de vendas no ramp up do projeto PM#27, PM#28 e Figueira.
Além disso, a redução de custos por meio da aquisição do Caetê (com uma combinação de otimização de Capex, venda de excedentes de terra e redução de custos de madeira) e perspectivas positivas para os mercados de celulose, papel e embalagens abrem caminho para um 2024E e 2025E lucrativos, vê a XP
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“O ramp-up de projetos chave está funcionando bem. De acordo com nossas estimativas, o ramp up do projeto PM#27, PM#28 e Figueira poderia aumentar os volumes de kraftliner em +200kt em 2024E (dependendo da mudança de produção de kraftliner para cartão revestido no PM#28) e caixas de papelão ondulado em 25kt em 2024E (seguindo o ramp up do projeto Figueira)”, completam os analistas.
Fora isso, os analistas comentam que os preços da celulose devem permanecer. Em primeiro lugar, eles ressaltam que os custos de produção aumentaram significativamente nos últimos anos, com custos estruturalmente mais elevados da fibra de madeira, que não deverão diminuir a curto prazo.
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Em segundo lugar, a limitação da nova capacidade de produção incremental devido a um elevado nível de CAPEX restringe ainda mais a oferta adicional, com custos de incentivo a níveis elevados.
“A empresa espera que as interrupções no fornecimento continuem a impactar negativamente o mercado em um futuro próximo, principalmente devido aos menores investimentos no hemisfério Norte nos últimos anos”, explicam.
Com uma perspectiva positiva em termos de produção e preços para os principais negócios da empresa (celulose, papel e embalagens) e a redução de custos com a aquisição do Caetê, a XP acredita que a empresa está bem posicionada para um forte desempenho nos próximos anos.