Klabin (KLBN11) ou Suzano (SUZB3)? A preferência do BTG para o setor de papel e celulose
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O BTG Pactual vê boas oportunidades no setor de papel e celulose. De acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (19), o banco destaca o momento de Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3), as quais considera atrativas do ponto de vista operacional, com forte disciplina na alocação de capital.
Os analistas reiteram as expectativas de que o setor tenha um desempenho melhor do que no ano anterior. O destaque fica para a projeção de grande geração de fluxo de caixa, que faz o BTG considerar a recente queda nos papéis como uma oportunidade de compra para ambas, apesar de ter a Suzano como favorita.
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Suzano (SUZB3): operação sólida e ação descontada
O BTG destaca que os fundamentos da Suzano continuam sólidos, sustentando sua tese de investimento. O cenário de curto prazo ainda é desafiador em relação aos preços de celulose, mas o ciclo pode ter atingido o ponto mais baixo, com a empresa promovendo dois reajustes seguidos nos últimos meses.
Segundo o relatório, as ações estão sendo negociadas em valores abaixo do ideal e o preço-alvo definido pelo BTG foi R$ 81, que representa um potencial de valorização de mais de 40% ante o último fechamento.
Os analistas veem um momento favorável para uma expansão gradual do valor da empresa, à medida em que o mercado incorpora o projeto Cerrado e a disciplina na alocação de capital.
A probabilidade de uma grande movimentação por fusão ou aquisição diminuiu consideravelmente após tentativa frustrada de compra da International Paper (IP).
Klabin (KLBN11) em ascensão
O banco acredita que a Klabin deve se beneficiar de ventos favoráveis em suas principais unidades de negócios, com o lucro líquido crescendo de forma consistente no curto prazo. Enquanto o mercado de celulose atinge o fundo do ciclo, a demanda por kraftliner e caixas de papelão ondulado segue positiva.
Segundo o relatório, a empresa também deve acelerar a evolução dos projetos Puma II e Figueira, ampliando melhorias na produção, com o mercado subestimando esse potencial.
Ainda, analistas apontam que o foco da Klabin na desalavancagem contribuirá para um balanço patrimonial mais saudável, com a monetização de ativos florestais ajudando a reduzir a alavancagem até o final do ano.
O BTG vê as ações baratas, com espaço para reajuste no preço-alvo, definido em R$ 30 pelo banco. O potencial de valorização dos papéis é de 41% em relação ao último fechamento do mercado.
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