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Klabin (KLBN11) espera resultado melhor no 3º tri ante 2º, defende projeto Figueira

28 jul 2022, 14:00 - atualizado em 28 jul 2022, 14:53
Klabin
O projeto apresenta um retorno sobre capital investido (Roic) “sem dúvida melhor que o Wacc”, afirmou o presidente-executivo da Klabin, Cristiano Teixeira (Money Times/ Gustavo Kahil)

A Klabin (KLBN11) prevê obter um resultado mais forte que o obtido entre abril e junho no atual trimestre, impulsionada por questões sazonais e por um mercado de celulose com demanda forte e oferta ainda restrita, disseram executivos nesta quinta-feira.

A avaliação é semelhante à divulgada mais cedo pela rival Suzano, que vê um cenário de estoques globais da commodity baixos e crise logística ainda afetando prazos de entrega aos clientes.

Executivos da maior fabricante de papéis para embalagens do país também responderam questionamentos de analistas sobre o Projeto Figueira, a construção de uma fábrica de papelão ondulado no Estado de São Paulo, recentemente aprovado por maioria no conselho de administração, mas alvo de críticas de conselheiros independentes por apresentar baixo retorno, segundo eles.

O projeto apresenta um retorno sobre capital investido (Roic) “sem dúvida melhor que o Wacc”, afirmou o presidente-executivo da Klabin, Cristiano Teixeira”, sem informar números e referindo-se ao custo médio ponderado de capital da companhia.

“Isoladamente é o melhor Wacc da companhia…estamos bastante seguros”, disse Teixeira, afirmando que o projeto, que abrigará a maior fábrica de papelão ondulado da Klabin, foi intensamente debatido pelo conselho de administração.

O comentário ocorreu após conselheiros independentes criticarem o processo decisório da companhia quando da divulgação da ata de reunião do conselho que aprovou o projeto.

“O debate foi muito rico no conselho…O que ficou para mim foi esta postura entre a crença no modelo de negócio integrado que precisa atender aos clientes e uma visão de proteção maior por uma eventualidade de crise (econômica) ainda mais rigorosa para os próximos anos”, disse Teixeira.

“E a conclusão é que vamos continuar focando no modelo de negócio integrado da companhia porque este projeto de papelão ondulado permite redução de volatilidade de outros mercados, como o internacional de papeis”, acrescentou o executivo.

A polêmica em torno da aprovação do Projeto Figueira pesou sobre as ações da Klabin. No dia seguinte à divulgação do plano, as units da empresa fecharam em queda de 3,2%. Nesta quinta-feira às 13h11, as units recuavam 2%. A Suzano recuava 0,4% enquanto o Ibovespa mostrava elevação de 0,3%.

Teixeira afirmou que a Klabin tem um conjunto de projetos em estudo que vão trazer melhora no Roic e “aumento de capacidade significativa” de instalações da empresa. “Nossa reafirmação de que o Roic da companhia continuará melhorando é pela certeza dos investimentos que faremos”, disse o executivo.

Questionado sobre o motivo da empresa optar por mais uma instalação de papelão ondulado em vez de outros projetos de celulose, o presidente da Klabin respondeu que a escolha se deve pela demanda dos clientes no Sudeste do país.

“É uma conta matemática precisa sobre o quanto se movimenta o PIB do Brasil e a maturidade dos investimentos (2 anos) e enxergamos que em dado momento é necessário trazer capacidade de papelão ondulado.”

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