Klabin (KLBN11): BTG vê 3T24 melhor que o esperado, mas não recomenda compra; veja
A Klabin (KLBN11) reportou um terceiro trimestre resiliente e melhor do que o esperado, na visão do BTG Pactual. A companhia viu seu lucro quase triplicar, em R$ 729 milhões, salto expressivo ante os R$ 245 milhões de resultado positivo registrado um ano antes.
Embora tenha caído 12% no comparativo trimestral, o Ebitda de R$ 1,805 bilhão ficou 8% acima da estimativa do banco.
“A variação de nossas estimativas reflete maior receita por tonelada na divisão de celulose e custo de caixa por tonelada melhor do que o esperado”, explicam Leonardo Correa e Marcelo Arazi.
No trimestre, a Klabin registrou forte geração de FCF, excedendo R$ 800 milhões (rendimento anualizado de ~14%), apoiada por uma liberação positiva de capital de giro. A alavancagem aumentou para 4,1x, conforme esperado, refletindo o pagamento do projeto Caetê.
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“Olhando para o futuro, com o aumento de caixa de R$ 1,8 bilhão do Projeto Plateau e a nova política de dividendos, esperamos que a alavancagem diminua gradualmente”, apontam
Apesar de verem uma empresa bem administrada, com beta baixo e crescimento diversificado, oferecendo um porto seguro, principalmente em um cenário de real mais fraco, o BTG mantém uma recomendação neutra (preço-alvo de R$ 28) por enquanto, por uma questão de valuation.
Por que o BTG não recomenda compra para KLBN11?
Apesar de manter sua recomendação neutra para Klabin, os analistas acreditam que a empresa está pronta para se beneficiar de ventos favoráveis na maioria de suas unidades de negócios no curto prazo, levando a um impulso de lucros decente nos próximos trimestres.
“Embora o cenário de celulose permaneça pressionado, continuamos a ver tendências positivas para kraftliner e caixas de papelão ondulado a partir daqui. À medida que os projetos Puma II e Figueira aumentam, a Klabin deve continuar a apresentar um crescimento sólido, ao qual acreditamos que o mercado dá muito pouco crédito”.
Além disso, o BTG vê a empresa mais comprometida com os esforços de desalavancagem, a fim de sustentar um balanço patrimonial mais saudável.
“Também vemos a Klabin como um bom veículo para exposição ao dólar: cada depreciação de 10% no real = +13% de impacto no Ebitda. A Klabin está sendo negociada a ~7x EV/Ebitda 25 (abaixo de 8-8,5x justo/histórico), mas ainda premium em relação aos pares regionais”