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Klabin (KLBN11): BTG eleva ação para compra, com potencial para lucros no curto prazo; papel sobe

21 nov 2024, 11:51 - atualizado em 21 nov 2024, 18:32
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(Imagem: Divulgação/Klabin)

BTG Pactual elevou sua recomendação para Klabin (KLBN11) de neutro para compra (preço-alvo de R$ 30 e potencial de alta de 44,79%), já que vê a companhia acertando em sua estratégia mais realista para os próximos 12 a 18 meses, com foco na extração de valor do ciclo de investimento bilionário anterior e na priorização da geração de fluxo de caixa (FCF) e desalavancagem.

A ação avançou 1,26%, a R$ 20,85, entre os destaques do Ibovespa.



“Em um setor que enfrenta prêmios de risco elevados e pares desvalorizando, acreditamos que a Klabin está bem-posicionada para atrair maior interesse dos investidores, com potencial para uma modesta expansão de múltiplo no futuro próximo”, afirmam Leonardo Correa, Marcelo Arazi e Bruno Lima.

Entre os motivos para a nova recomendação, o banco cita:

  1. Crescimento de lucro em 2025. Para o banco, a empresa deve apresentar um crescimento anual de Ebitda de 16% em 2025, impulsionado pelo ramp-up dos projetos (Figueira, PM 27, PM 28), mesmo diante dos preços de commodities pressionados.
  2. Visão pragmática da gestão em priorizar a geração de caixa e desalavancagem nos próximos 12 a 18 meses; “projetamos que a alavancagem cairá de 4x para 3,2x até o final de 2025”.
  3. Beta baixo e hedge natural em dólar para lidar com condições de mercado turbulentas.
  4. Valuation atrativo. A ação negocia a 6,3x Ebitda para 2025, comparado a níveis justos de 8x, com yields de fluxo de caixa livre (FCF) de 9% em 2025.

KLBN11: Impulso no curto prazo

O BTG acredita que a Klabin se beneficiará de fatores positivos em suas principais unidades de negócios, com lucros projetados para crescer de forma consistente no curto prazo

Embora o mercado de celulose permaneça pressionado, em seu ponto mais baixo, na visão do banco, as tendências de demanda por kraftliner e caixas de papelão ondulado são positivas.

“À medida que os projetos Puma II e Figueira avancem, o crescimento deve continuar, com o mercado subestimando esse potencial. O foco da empresa na desalavancagem apoiará um balanço patrimonial mais saudável, e a Klabin permanece como uma eficiente exposição ao dólar — cada 10% de desvalorização do real adiciona +13% ao Ebitda”, apontam.

Atualmente, negociada abaixo de 6,5x EV/Ebitda 2025 (vs. 8x justos/históricos), o banco ainda vê espaço para uma expansão de múltiplo nos níveis atuais.