Klabin (KLBN11): BTG eleva ação para compra, com potencial para lucros no curto prazo; papel sobe
O BTG Pactual elevou sua recomendação para Klabin (KLBN11) de neutro para compra (preço-alvo de R$ 30 e potencial de alta de 44,79%), já que vê a companhia acertando em sua estratégia mais realista para os próximos 12 a 18 meses, com foco na extração de valor do ciclo de investimento bilionário anterior e na priorização da geração de fluxo de caixa (FCF) e desalavancagem.
Por volta de 11h33, a ação avançava 2,57%, entre os destaques do Ibovespa, enquanto Suzano (SUZB3) recuava 0,03%.
“Em um setor que enfrenta prêmios de risco elevados e pares desvalorizando, acreditamos que a Klabin está bem-posicionada para atrair maior interesse dos investidores, com potencial para uma modesta expansão de múltiplo no futuro próximo”, afirmam Leonardo Correa, Marcelo Arazi e Bruno Lima.
Entre os motivos para a nova recomendação, o banco cita:
- Crescimento de lucro em 2025. Para o banco, a empresa deve apresentar um crescimento anual de Ebitda de 16% em 2025, impulsionado pelo ramp-up dos projetos (Figueira, PM 27, PM 28), mesmo diante dos preços de commodities pressionados.
- Visão pragmática da gestão em priorizar a geração de caixa e desalavancagem nos próximos 12 a 18 meses; “projetamos que a alavancagem cairá de 4x para 3,2x até o final de 2025”.
- Beta baixo e hedge natural em dólar para lidar com condições de mercado turbulentas.
- Valuation atrativo. A ação negocia a 6,3x Ebitda para 2025, comparado a níveis justos de 8x, com yields de fluxo de caixa livre (FCF) de 9% em 2025.
KLBN11: Impulso no curto prazo
O BTG acredita que a Klabin se beneficiará de fatores positivos em suas principais unidades de negócios, com lucros projetados para crescer de forma consistente no curto prazo
Embora o mercado de celulose permaneça pressionado, em seu ponto mais baixo, na visão do banco, as tendências de demanda por kraftliner e caixas de papelão ondulado são positivas.
“À medida que os projetos Puma II e Figueira avancem, o crescimento deve continuar, com o mercado subestimando esse potencial. O foco da empresa na desalavancagem apoiará um balanço patrimonial mais saudável, e a Klabin permanece como uma eficiente exposição ao dólar — cada 10% de desvalorização do real adiciona +13% ao Ebitda”, apontam.
Atualmente, negociada abaixo de 6,5x EV/Ebitda 2025 (vs. 8x justos/históricos), o banco ainda vê espaço para uma expansão de múltiplo nos níveis atuais.