Klabin exibe força no 2º trimestre, mas não o bastante para empolgar
A Klabin (KLBN11) apresentou números fortes do segundo trimestre de 2020. O Ebitda ajustado registrou seu melhor desempenho trimestral da história, tendo atingido R$ 1,3 bilhão. Segundo o Credit Suisse, a performance foi impulsionada pela depreciação do real no período, somada ao aumento dos volumes de vendas de papéis e menores custos da divisão de celulose.
“Volumes maiores no mercado de exportação também ajudaram e, como resultado, as receitas de papéis aumentaram 32% no comparativo anual”, destacaram Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, que assinam o relatório obtido pelo Money Times.
Os analistas ainda elogiaram o fluxo de caixa livre positivo de R$ 457 milhões.
Olhar cauteloso
Apesar de ter apresentado um balanço recorde, a Klabin não conseguiu sair da recomendação neutra do Credit Suisse. O banco decidiu manter a cautela sobre a tese de investimento da companhia em razão do largo capex envolvendo o projeto Puma II, que deve levar a uma geração de fluxo de caixa livre negativo em 2020-21.
No entanto, Ribeiro e Galvão defenderam o caráter defensivo do nome no mercado.
“Sua unidade de papel é exposta a setores mais adversos aos ciclos de negócios, e sua divisão de celulose tem alavancagem para uma eventual depreciação do câmbio”, explicaram.
O preço-alvo indicado para ação é de R$ 21,50 para os próximos 12 meses.