Klabin: Credit Suisse vê custos pressionarem menos margens e eleva preço-alvo
O Credit Suisse aumentou o preço-alvo da Klabin (KLBN11) de R$ 21,50 para R$ 26,50 (potencial de valorização de 4% em relação ao último fechamento), após incorporar os resultados do segundo trimestre. Contudo, o banco manteve a recomendação neutra.
“A revisão para cima vem principalmente em função dos menores custos da Klabin na divisões de papel e papelão ondulado, que agora estamos incorporando”, afirmaram os analistas Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, que assinam o relatório.
Além disso, a dupla acredita que a projeção de investimentos (capex) da empresa para 2020 deverá ser de R$ 4,8 bilhões, queda de 8% em relação a previsão anterior.
“Acreditamos que a Klabin é uma das empresas mais defensivas do setor de celulose e papel em nossa cobertura, uma vez que seu negócio de papel está exposto a setores que são mais resistentes aos ciclos de negócios, além da sua divisão de celulose ter alavancagem para uma eventual queda do dólar“, disseram.
Porém, eles alertam que a projeção de investimentos para o projeto Puma II pode levar a um fluxo de caixa negativo e pressionar a alavancagem.
O projeto abrange a construção de duas máquinas de papel, com produção de celulose integrada, na unidade da Klabin na cidade de Ortigueira, no Paraná. A empresa disse que a primeira máquina está prevista para iniciar as atividades em junho ou julho de 2021.
Demanda por papel
Os executivos da Klabin participaram de uma conferência promovida pelo Credit Suisse para falar da performance da empresa.
Na reunião, a companhia afirmou que a demanda por embalagens de alimentos aumentou durante a pandemia (especialmente para produtos de prateleira), puxado também pela elevação das vendas no e-commerce.
A Klabin acredita ainda que parte do aumento da demanda deve voltar ao normal, mas, em certa medida, a pandemia também trará mudanças estruturais positivas (especialmente em relação ao comércio eletrônico, onde o crescimento está acelerando).
Além disso, a companhia espera ver a procura por celulose melhorando à medida que as pessoas estão retornando lentamente aos escritórios e escolas.