Kinea Índice de Preços: Dividendos podem minguar de 17% para 11% em 2022; vale a pena?
Ano de eleições, alta volatilidade e disparada da inflação sempre assustam os investidores que não querem se expor ao risco e preferem investimentos mais defensivos. Esse parece ser o caso do Kinea Índice de Preços (KNIP11), que teve a compra reiterada pela XP, com preço-alvo de R$ 99,2.
Os analistas Ronaldo Candiev e Maria Fernanda Violatti recordam que 90% dos seus ativos estão atrelados ao IPCA (índice de preços ao consumidor amplo).
Adicionalmente, trata-se do maior e mais líquido fundo imobiliário da indústria. O fundo negocia atualmente na média de R$ 101 por cota, e tem participação de 6,76% no IFIX, o índice da B3 para fundos imobiliários. “Esses fatores contribuem para menor risco de liquidez”, completam.
Seu portfólio é composto por 90 CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) de segmentos distintos, com as principais exposições em: escritórios (35,5%), shoppings (25,1%) e logístico (7,%)
Dividendos
No ano passado, o Kinea Índice pagou um dividend yield (retorno de dividendos) de 17,4%, se beneficiando da inflação persistente. O alta de preços fechou em 10%, o maior número desde 2015.
“No entanto, acreditamos que a inflação deverá ceder em 2022 e projetamos IPCA de 5,2% para o fim de 2022. Nesse cenário, o DY do fundo para os próximos 12 meses seria de 11,2%”, calculam.
Mesmo assim, a qualidade do seu portfólio, com baixo risco de crédito de seus devedores, boa liquidez e alta capacidade de repasse de inflação compensam a compra, destaca a XP.
Time com experiência
Por fim, a dupla de analistas lembra que os sócios possuem longa experiência no setor imobiliário “e com track record comprovado”.
“A Kinea é uma das principais gestoras de investimento imobiliário no Brasil e conta com time de gestão experiente em crédito e aproximadamente R$ 14,4 bilhões em ativos imobiliários sob gestão”, completa.