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Kepler Weber registra prejuízo de R$ 3,8 milhões no 3º trimestre

16 nov 2017, 21:26 - atualizado em 16 nov 2017, 21:26

A Kepler Weber, fabricante de equipamentos para a armazenagem, beneficiamento e movimentação de granéis, registrou prejuízo líquido de R$ 3,8 milhões no terceiro trimestre de 2017, revertendo lucro líquido de R$ 2,3 milhões em igual período de 2016.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 500 mil, ante Ebitda positivo de R$ 7,8 milhões no terceiro trimestre do ano passado, de acordo com comunicado da companhia. A receita líquida aumentou 33,8%, para R$ 161,8 milhões. Segundo a Kepler Weber, o prejuízo líquido refletiu um lucro bruto menor e margens de lucro mais baixas.

“A escassez de financiamentos federais tornou o mercado mais competitivo, pressionando os preços de vendas em um cenário de valorização dos preços mundiais do aço”, informou a companhia no comunicado dos resultados. A empresa apontou que com a dificuldade crescente dos clientes de conseguirem obter linhas de crédito com juros subsidiados, somente R$ 1 bilhão de R$ 1,4 bilhão disponibilizado para armazenagem pelo Plano Safra 2016/17 foi utilizado.

Já o crescimento da receita líquida foi atribuído à retomada dos investimentos em armazenagem, “facilitada pela estabilização da economia e pela safra recorde de 2016/2017”, disse a Kepler. De acordo com a companhia, a receita líquida proveniente do segmento cresceu 43,9% no terceiro trimestre do ano, para R$ 115,4 milhões.

A receita líquida obtida com projetos de movimentação de granéis sólidos aumentou 199%, para R$ 9,1 milhões; a referente a peças e serviços, 45%, para R$ 11,7 milhões, enquanto a obtida com exportações caiu 13,8%, para R$ 25,5 milhões.

Ainda no comunicado, a Kepler Weber disse que em 2017 o déficit de armazenagem atingiu nível recorde de 80 milhões de toneladas, em virtude do aumento da produção de grãos, para 238,8 milhões de toneladas na safra 2016/17, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e de a ampliação da capacidade não ter acompanhado esse incremento.

(Por Clarice Couto</)

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