O potencial desconhecido da ação que domina seu mercado e pode se beneficiar com novo PL e isenção de impostos
A Kepler Weber (KEPL3), líder em equipamentos e soluções para o pós-colheita de grãos na América Latina e maior produtora de silos para grãos do Brasil, deve ser uma das ações que mais deve ganhar com o Projeto de Lei 528/20 do “Combustível do Futuro”.
Na avaliação de Werner Roger, gestor e CIO da Trígono Capital, além da Jalles Machado (JALL3) e São Martinho (SMTO3), produtoras de etanol, a Kepler deve ganhar com o novo programa de combustíveis.
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“A produção do biodiesel de soja precisa do grão durante o ano inteiro, o etanol de milho a mesma coisa, sendo assim, são necessários silos para armazenagem desses volumes, onde a KEPL3 sai em vantagem”, explica Roger, que ressalta os 40% de participação de mercado (market share) da empresa.
Os clientes da Kepler Weber e a armazenagem no Brasil
Segundo dados da Esalq-Log, 61% dos produtores rurais do Brasil não contam com estruturas para armazenar os seus grãos dentro de sua propriedade. O Brasil conta com déficit de armazenagem de 124 milhões de toneladas, o que recorrentemente afeta o poder de barganha dos produtores na hora de comercializar seus grãos.
Por outro lado, apesar desse gargalo estrutural, Roger destaca que 70% das vendas da Kepler não são para o produtor rural, mas sim para cooperativas, ferrovias, portos e empresas como a Raízen (RAIZ4).
“O mercado acredita que a Kepler Weber está no mesmo ‘saco’ dos grãos, da soja e do milho, e com isso, julgam que a queda das commodities como estamos vendo, resulta em menores investimentos para armazenagem, o que de fato acontece, mas os produtores rurais não são os principais clientes da empresa, que viu seus números de pedidos crescerem 20% nesta safra. Outro impulso para a ação fica por conta da isenção do PIS/Cofins sobre armazéns que tramita no Senado”, finaliza.
Nos últimos 12 meses, de acordo com TradeMap, as ações da Kepler contaram com uma valorização de 21,27%.