Kavak teve que demitir 30% dos funcionários em seu pior momento; veja como a startup deu a volta por cima
A Kavak, startup de venda de carros usados via aplicativo, teve que demitir 30% do quadro de funcionários no México durante o pior momento econômico da pandemia da Covid-19, disse Roger Laughlin, cofundador e CEO da Kavak em entrevista ao Money Times.
Ele comenta que as medidas restritivas, necessárias para controlar a contaminação da Covid-19, pesaram sobre a startup.
“A gente teve que demitir esse número de funcionários porque tivemos que fechar as nossas operações, e a nossa receita caiu 90%”, afirma Laughlin.
Por outro lado, a companhia conseguiu se arrumar de forma rápida, principalmente após o crescimento da demanda por veículos usados, e recontratou 90% dos colaboradores despedidos.
De acordo com o CEO da Kavak no Brasil, um outro fator para a retomada foi a fidelização do cliente, no caso da Kavak, a estratégia é manter o usuário no aplicativo mesmo após ele ter comprado o carro.
“Procuramos acompanhar o cliente durante toda a jornada dele, então nós tentamos cultivar um laço com esse consumidor, por isso oferecemos outros serviços, como pagamento de IPVA, multas, estacionamento, seguro do automóvel, e qualquer outra coisa desse universo. Com isso, mantemos o cliente conosco”, explica Laughlin
Como último fator para superar esses desafios, o empreendedor comenta que o ideal é viver um dia de cada vez e manter os “pés no chão”.
Segundo ele, não deixar uma onda muito agressiva abater a capacidade de empreender, de procurar e encontrar formas para sair da crise é fundamental.
“Olhar para frente e não se apegar ao passado, essa uma boa forma de reagir a esses momentos difíceis”, diz.
Luz no fim do túnel
Com o tempo, a companhia não só superou os problemas pandêmicos como retomou as expansões e chegou ao Brasil na metade ano passado.
Atualmente, a empresa atua em São Paulo e começa a trabalhar no Rio de Janeiro a partir desta primeira semana de fevereiro.
Para essa nova fase em terras cariocas, a Kavak vai desembolsar R$ 550 milhões. A expectativa é construir um inventário de mais de 4 mil veículos em até um ano.
“O Brasil chamou muita a nossa atenção e vai ser o mercado principal da Kavak, tendo em vista que o país é o terceiro maior mercado de carros usados do planeta, ficando atrás apenas da China e dos EUA”, explica.
Por fim, ele comenta que a empresa também quer se expandir para outros continentes, como a Europa, mas não cita um país específico.