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Karoon apresentará plano estratégico neste mês para crescer no Brasil e reduzir emissões

15 out 2021, 10:36 - atualizado em 15 out 2021, 10:36
Petróleo
A Karoon tem planos de dobrar a extração de petróleo até 2023 no Brasil (Imagem: REUTERS/Angus Mordant)

A australiana Karoon planeja publicar no próximo dia 28 um planejamento estratégico onde apontará em mais detalhes seu objetivo de expansão no Brasil, como uma empresa de petróleo e com compromissos ambientais, afirmou o novo presidente no país, Antonio Guimarães.

Após tornar-se uma companhia produtora no ano passado, a Karoon tem planos de dobrar a extração de petróleo até 2023 no Brasil, mas também busca novas oportunidades de crescimento, por meio de aquisições, especialmente na Bacia de Santos.

Guimarães, que foi por muitos anos diretor-executivo de exploração e produção do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), assumiu a liderança da companhia no início do mês tendo como um dos desafios tornar a petroleira mais atuante no mercado brasileiro, com foco em um crescimento responsável.

“Nós definimos que queremos crescer no Brasil”, disse o executivo, que também atuou recentemente como diretor de Coordenação Nacional de Upstream da Shell no país. “Aqui nós vamos ficar e aqui nós vamos crescer.”

Em uma entrevista por videoconferência nesta semana, Guimarães destacou que a Karoon reforçará no plano estratégico seu papel como uma empresa de petróleo, com foco em ativos marítimos, e atenta a responsabilidades ambientais.

Sem adiantar detalhes, Guimarães afirmou que o posicionamento estratégico a ser publicado apresentará objetivos relacionados à redução de emissões e compensações, em uma iniciativa que poderá torná-la uma das pioneiras dentre seus pares no Brasil e na Austrália.

“Vamos operar como uma empresa responsável”, ressaltou.

A Karoon tornou-se produtora de petróleo recentemente no país, ao concluir a aquisição de 100% do campo de Baúna, em águas rasas na Bacia de Santos, da Petrobras (PETR4), no ano passado.

Agora, a norueguesa planeja investir cerca de 300 milhões de dólares para dobrar a produção na área de Baúna, que atualmente produz mais de 14 mil barris de óleo equivalente por dia, até o início de 2023.