Eleições Americanas

Kamala Harris pode não enfrentar Donald Trump? Confira perguntas e respostas sobre os próximos passos

23 jul 2024, 15:27 - atualizado em 23 jul 2024, 15:27
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Vice de Biden, Kamala Harris precisa conseguir o apoio de delegados durante a Convenção Democrata (Imagem: Reuters/Nathan Howard)

Após a desistência do atual presidente Joe Biden, que deixou a corrida eleitoral norte-americana neste domingo (21), e o endosso à vice-presidente Kamala Harris, o noticiário esteve voltado para as chances de que Harris seja escolhida pelo Partido Democrata em uma tentativa de derrotar o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano.

Na segunda-feira (22), Kamala Harris alcançou o apoio do número de delegados do Partido Democrata necessário para tornar-se a escolha da legenda. Segundo a Agence France-Presse (AFP), Harris tem o apoio informal de 2.214 dos 3.934 delegados do partido.

Apesar de não ser a decisão final, já que o candidato democrata será oficialmente escolhido durante a convenção do partido, a movimentação revela a preferência pelo nome de Harris entre seus correligionários.

Saiba quais são os próximos passos para as eleições dos Estados Unidos

Quando os democratas escolhem o seu candidato?

A Convenção Nacional Democrata ocorre entre os dias 19 e 22 de agosto e o candidato do partido pode ser escolhido durante o evento, ou antes. Entretanto, Jaime Harrison, presidente do comitê nacional do partido, afirmou que os democratas irão escolher o candidato até o dia 7 de agosto, via voto online.

Para tornar-se o escolhido pelos democratas, o candidato precisa obter o voto da maioria dos delegados do partido, que foram obtidos durante as primárias e caucuses ainda neste ano.

Kamala Harris pode não ser a escolhida?

Caso os democratas não consigam se unir em torno de um único candidato, ocorre uma convenção aberta, quando aqueles que disputam a presidência busca apoio entre os delegados durante a Convenção Nacional. Podem ocorrer negociações de alianças e acordos políticos para escolher o nome com as maiores chances de vencer a disputa.

Nomes como Gavin Newsom, Gretchen Whitmer, Josh Shapiro e Pete Buttigieg também aparecem nos noticiários.

A última vez que o país viveu esse cenário foi em 1952, quando o Partido Democrata nomeou Adlai Stevenson como seu candidato após três votações, que posteriormente perdeu para o republicano Dwight Eisenhower.

O eleitorado apoia Harris?

Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Morning Consult, 65% dos eleitores democratas apoiam Kamala Harris como a escolha do Partido Democrata. Há um mês, em um cenário hipotético, a vice de Biden concentrava 30% do apoio.

A pesquisa também revela que seu nome é mais competitivo entre grupos que deixaram de apoiar de forma expressiva Joe Biden ao longo dos anos, como os eleitorados negro, hispânico e jovem, entre 18 e 39 anos.

Nomes como o ex-presidente Bill Clinton e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton são alguns que já declararam o apoio à candidatura. Enquanto isso, o ex-presidente Barack Obama ainda não endossou o nome de Harris.

Como funciona a votação nas eleições dos Estados Unidos?

No dia 5 de novembro começam oficialmente as eleições no país, que ocorrem de forma indireta, com os eleitores do país escolhendo os membros do Colégio Eleitoral.

Para alcançar a Casa Branca, um candidato precisa obter 270 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, formado por representantes escolhidos pelos partidos políticos estaduais, que precisam seguir a votação popular do estado. Os 538 eleitores surgem do número total de membros no Congresso de cada estado e de Washington D.C.

Ou seja, quando um eleitor vota em um candidato nas urnas, os delegados do estado se comprometem a escolher o nome no Colégio Eleitoral. Caso um presidenciável ganhe naquele estado, ele leva todos os delegados, em um sistema conhecido como “The Winner Takes It All”.

Os estados da Califórnia, Texas e Flórida possuem os maiores números de delegados, com 55, 38 e 29, respectivamente.

Dessa forma, é possível que um presidenciável não consiga obter apoio nas urnas, mas seja escolhido por conta do número de delegados alcançado no colegiado. Em 2016, quando Donald Trump enfrentou Hillary Clinton, o republicano venceu no Colégio Eleitoral, enquanto a democrata alcançou a maioria dos votos populares.

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
giovanna.pereira@moneytimes.com.br
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