Justiça suspende penalização que proíbe Taurus de participar de licitações em São Paulo
A Taurus Armas (TASA3;TASA4) informou nesta sexta-feira (14) que o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu as penas que impediam a companhia de participar de contratações com a administração pública do estado por dois anos, bem como a multa de R$ 12,6 milhões aplicada à companhia.
O processo foi instaurado em 2014 pela polícia militar de São Paulo, que alegou falhas em contratos administrativos assinados por ambas as partes entre 2007 e 2011.
A Taurus reforçou novamente que “cumpriu integralmente com os contratos, fornecendo as armas nas especificações contratadas e cumprindo todas as suas obrigações correlatas de garantia e assistência técnica”. Ela também defendeu que não existem evidências técnicas para a aplicação de penalizações.
“As armas estão sendo normalmente utilizadas pelos quase 100 mil policiais paulistas há mais de 10 anos, contribuindo para a redução da criminalidade do estado ao longo de todo esse período. Portanto, não há evidências técnicas ou fundamentos jurídicos que permitam a penalização”, disse a fabricante, em nota divulgada ao mercado.
Resultados
A Taurus divulgou ontem os resultados do segundo trimestre de 2020. A companhia encerrou o período com lucro líquido de R$ 39 milhões, receita líquida de R$ 423,8 milhões e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 107,7 milhões.
A produção de armas aumentou 28% no trimestre, totalizando 392 mil unidades (operações do Brasil e dos Estados Unidos incluídas).
O volume total de vendas foi de 437 mil unidades, impulsionado pela demanda dos consumidores norte-americanos, que compraram 382 mil unidades.
No Brasil, as vendas dobraram em um ano, de 25 mil unidades para 50 mil.