Justiça

Justiça do Rio manda prender acusados de furtar gasolina da Transpetro

02 jul 2019, 18:45 - atualizado em 02 jul 2019, 18:45
Transpetro Petrobras
Ainda segundo a denúncia, também concorreram para o crime, exercendo funções de vigilância, transporte e de negociar a gasolina furtada (Imagem: Terminal de Madre de Deus – Crédito: Renata Mello)

A 3ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, determinou a prisão preventiva de três acusados de perfurar um duto da Petrobras Transporte (Transpetro) naquele município, para furtar gasolina, ação que resultou na morte de Ana Cristina Pacheco Luciano, de 9 anos.

A menina sofreu graves queimaduras depois de cair em uma poça de gasolina, ao tentar sair correndo do local com os pai. As queimaduras sofridas por Ana Cristina foram decorrentes da exposição ao combustível.

A Justiça também recebeu denúncia do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual, indicando que, além dos três criminosos, quatro integrantes da organização criminosa responsável pelo furto participaram da ação, que resultou em prejuízo de R$ 2,89 milhões para a Transpetro.

De acordo com a denúncia, no dia 26 de abril, na Rua Celeno, no bairro Capivari, Willian Cesar Vieira, Mateus Kevin da Silva Belo e Wesley Muniz Pollete perfuraram um duto da Transpetro (ação conhecida como trepanação), provocando um vazamento de aproximadamente 237 mil litros de gasolina. O furto não se consumou porque uma mangueira presa à válvula não suportou a alta pressão e rompeu-se.

Ainda segundo a denúncia, também concorreram para o crime, exercendo funções de vigilância, transporte e de negociar a gasolina furtada, Antônio Martins da Silva, Fernanda Pacheco Luciano, Sonia Cristina Tavares Ventura e Carmona Ventura.

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Crime ambiental

O vazamento de gasolina, além de configurar crime ambiental, causando poluição atmosférica, resultou na morte de Ana Cristina e na retirada de 17 moradores da área atingida. A perfuração culminou em uma espessa nuvem branca decorrente do combustível que estava sendo expelido do duto em uma altura aproximada de 10 metros do duto. Depois de dias hospitalizada, a menina morreu no dia 23 de maio, em decorrência da exposição ao produto, que causou queimaduras em mais de 80% do seu corpo.

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