Juros nos EUA e ata do Copom: O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana
Na última semana, o mercado recebeu a decisão da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), com uma alta de 1 ponto percentual na taxa Selic. O que surpreendeu, no entanto, foi o anúncio de mais dois ajustes de mesma magnitude previstos para as próximas reuniões.
Além disso, os investidores também receberam os dados mais recentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil.
O dado subiu 0,39% em novembro — apontando para uma desaceleração em relação à alta de 0,56% apurada em outubro. A expectativa do mercado, segundo o Investing.com, era de um avanço de 0,37% no mês.
Com isso no radar, os juros futuros brasileiros encerraram com forte abertura, principalmente na parte curta da curva. As taxas de juro real tiveram uma leve queda, com as NTN-Bs (Tesouro IPCA+) se consolidando no patamar de 7%, de acordo com a leitura da equipe da XP Investimentos.
Entre os títulos do Tesouro, os papéis fecharam com uma variação mista durante a semana. O destaque de maior valorização no período foi a LFT 2028 e 2030, com 0,22%, e a maior baixa ficou com NTN-B 2028, com -0,38%.
Enquanto isso, no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram em queda. O índice IDEX-DI fechou em 1,75%, contra os 1,82% da semana passada.
Os prêmios das debêntures isentas tiveram uma alta, ainda de acordo com a XP. O fluxo médio diário de negociações foi de R$ 613 milhões em debêntures não incentivadas, R$ 599 milhões em debêntures incentivadas, R$ 162 milhões em CRIs e R$ 321 milhões em CRAs.
O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?
A semana começa com o mercado recebendo as novas projeções do Relatório Focus. Após Copom ‘amargo’, os economistas veem Selic a 14% em 2025 e pioram projeções para inflação.