Economia

Juros futuros sobem no Brasil à espera de Haddad e números dos EUA

04 dez 2024, 9:56 - atualizado em 04 dez 2024, 9:56
Juros-Economia selic
O principal fator de suporte para a curva de juros é a área fiscal, em meio à desconfiança na capacidade do pacote de cortes de equilibrar as contas públicas. (Imagem: iStock/Dilok Klaisataporn)

As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) passaram a registrar altas firmes no Brasil ainda na primeira meia hora de sessão desta quarta-feira, em toda a curva a termo, dando continuidade ao movimento da véspera no Brasil e em sintonia com o avanço dos rendimentos dos Treasuries no exterior.

Às 9h37, a taxa do DI para janeiro de 2025 — que reflete as apostas para a Selic no curtíssimo prazo — estava em 11,745%, ante 11,695% do ajuste anterior. Já a taxa do contrato para janeiro de 2027 marcava 14,395%, em alta de 8 pontos-base ante o ajuste de 14,317%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2030 estava em 14,18%, ante 14,057% do ajuste anterior.

Internamente, o mercado aguarda pela participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do portal Jota, em Brasília. A fala do ministro está programada para as 11h.

O principal fator doméstico de suporte para a curva segue sendo a área fiscal, em meio à desconfiança dos investidores na capacidade de o pacote de cortes anunciado na última semana pelo governo equilibrar de fato as contas públicas.

Na véspera, os dados fortes do Produto Interno Bruto (PIB) também elevaram a percepção de que o Banco Central precisará de uma Selic mais elevada para conter a inflação.

No exterior, a expectativa maior é pela divulgação dos dados da ADP sobre o emprego privado nos Estados Unidos, às 10h15. Os números antecedem o anúncio do relatório do mercado de trabalho payroll, na sexta-feira. Às 11h45 saem dados do PMI de serviços e às 12h00 números do ISM de serviços, ambos dos EUA.

À espera dos números, às 9h37 o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– subia 4 pontos-base, a 4,261%.

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reuters@moneytimes.com.br
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