Juros futuros em queda e recessão global: O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana

Os juros futuros brasileiros encerraram com forte fechamento. (Imagem: inkdrop)

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A última semana foi marcada pela divulgação das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a todos os países e um temor generalizado dos mercados. O JP Morgan chegou a elevar o risco de uma recessão Global.

Além do “tarifaço”, os investidores também miram atenção a retaliação da China. A segunda maior economia do mundo anunciou uma tarifa de 34% sobre a importação dos produtos norte-americano, que começa a valer na próxima quinta-feira (10) — um dia após a tarifa de 34% dos EUA contra a China entrar em vigor.

Com isso no radar, os juros futuros brasileiros encerraram com forte fechamento ao logo da curva. As taxas de juro real tiveram queda, com as NTN-Bs (Tesouro IPCA+) se consolidando em patamares próximos aos 7,74%, de acordo com a leitura da equipe da XP Investimentos.

Entre os títulos do Tesouro, os papéis fecharam positivos durante a semana. O destaque de maior valorização no período foi a LTN 2029, com 2,26%, e a menor variação ficou com NTN B 2026, com 0,15%.

Já no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram em queda. O índice IDEX-DI fechou em 1,95%, contra os 2,02% da semana anterior.

Os prêmios das debêntures isentas tiveram uma alta, ainda de acordo com a XP. O fluxo médio diário de negociações foi de R$ 1,2 bilhão em debêntures não incentivadas, R$ 949 milhões em debêntures incentivadas, R$ 210 milhões em CRIs e R$ 212 milhões em CRAs.

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O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?

Começamos a semana com os economistas consultados pelo Banco Central (BC) cortando as projeções para o dólar nos próximos anos, mostra o Boletim Focus. As apostas para o câmbio neste ano saíram de R$ 5,92 para R$ 5,90 por dólar.

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O Balanço Orçamentário movimenta a terça-feira (8), enquanto na quarta-feira (9), será a vez dos dados de Vendas no Varejo e o Índice de Preços ao Produtor (IPP).

Na quinta-feira (10), a agenda contará com o Índice de Crescimento do Setor de Serviços, referente ao mês de fevereiro, e dados de Barômetros Econômicos Globais, apurados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Finalizando a semana, serão divulgados dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na sexta-feira (11).

Na agenda internacional, os investidores se preparam para dados como CPI, Balanço Orçamentário Federal, ata da reunião do FOMC, PPI, Índice Michigan de Percepção do Consumidor e os Pedidos Semanais por Seguro-Desemprego dos Estados Unidos.

Para além dos dados, o mercado segue de olho no desdobramento das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.

*Com Vitória Pitanga