Juros e inflação mais altos atrapalham crescimento da América Latina, diz FMI
O aperto das condições financeiras globais e a inflação teimosamente alta obscurecem as perspectivas para as economias da América Latina e do Caribe, disse o Fundo Monetário Internacional nesta quinta-feira.
Mais cedo nesta semana, o FMI elevou sua previsão de crescimento do PIB da região em 2022 para 3,5%, contra estimativa anterior de 3%, mas reduziu a visão para 2023 em 0,3 ponto percentual, a 1,7%.
“O financiamento está se tornando mais escasso e caro à medida que os principais bancos centrais aumentam as taxas de juros para domar a inflação”, disse o FMI, enquanto “as taxas de juros domésticas nos mercados emergentes também estão subindo, pois seus bancos centrais também estão aumentando os juros para combater a inflação, mas também por causa do apetite reduzido dos investidores por ativos mais arriscados”.
Na região, isso se traduz em custos de empréstimos mais altos desacelerando a atividade econômica.
Uma desaceleração esperada na economia dos Estados Unidos afetará mais o México, bem como algumas economias da América Central, pois o comércio e o crescimento do turismo perderão ritmo.
O Fundo alertou que as pressões inflacionárias se ampliaram para além de alimentos e energia, então, apesar da desaceleração do crescimento, a inflação pode continuar a subir.
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