Finanças Pessoais

Juros do rotativo do cartão de crédito pode ficar mais barato; entenda a proposta do Ministério da Fazenda

15 abr 2023, 13:52 - atualizado em 15 abr 2023, 13:52
Selic Cartão de Crédito, juos
Em fevereiro, a taxa de juros para cartão de crédito para cliente rotativo saltou de 411,5% para 417,4%. (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Em fevereiro, a taxa de juros para cartão de crédito para cliente rotativo aumentou 6%, quando comparado com o mês anterior. Isso fez com que os juros rotativos saltassem de 411,5% para 417,4%, segundo dados do Banco Central.

Na tentativa de reduzir a inadimplência no país, o Ministério da Fazenda está estudando, pelo menos, três medidas para os juros do rotativo do cartão de crédito.

De acordo com informações d’O Globo, uma das propostas é exigir que as operadoras diferenciem os clientes que usam o rotativo entre aqueles que vivem pendurados e aqueles que caem esporadicamente e logo quita a fatura. Neste caso, o grupo dos que caem no rotativo esporadicamente pagariam uma taxa mais baixa.

Outra opção é estimular a competição entre os bancos. Basicamente, o cliente contrataria um cartão de crédito sem pensar na taxa de juros do rotativo. No entanto, se ele não pagar a fatura integralmente, será obrigado a aceitar os juros do banco. Com isso, as administradoras podem criar alternativas de financiamento para evitar que a pessoa fique pendurada.

Para não correr o risco de acontecer o mesmo no Ministério da Previdência e os juros do consignado do INSS, a Fazenda planeja negociar com os bancos antes de bater o martelo em uma proposta.

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Juros do cartão na mira de projeto de lei

Além dos planos do governo, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que determina que o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleça um limite para os juros rotativos cobrados pelos bancos no cartão de crédito.

O texto do deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA) aponta que os juros não podem ser superior à taxa já estabelecida para o cheque especial. Atualmente, essa taxa é de 8% ao mês hoje, ou quase 152% ao ano.

“Trata-se de número ainda elevado, mas bem inferior ao que vemos hoje, e que poderá ser reduzido à medida que as condições permitam”, disse, segundo informações da Agência Câmara de Notícias.