Juros DI operam em leve queda nesta véspera de decisão do Copom
Os contratos de juros futuros (DI) operam em ligeira queda nesta manhã de terça-feira (15), dia de véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que define o rumo da taxa Selic na quarta-feira (16), após o fechamento do mercado.
A inflação tem se mostrado mais persistente do que se imaginava e um dos principais vilões ao bolso dos brasileiros é a alta dos combustíveis, o que inevitavelmente mexe com a curva futura de juros.
“Apesar das tensões, a disparada de preços dos combustíveis ainda não está contemplada na decisão do Copom sobre a Selic nesta quarta, por ser bastante recente o reajuste da Petrobras nas refinarias”, explica Luiz Carlos Corrêa, sócio da Nexgen Capital.
A maioria do mercado ainda espera uma elevação de 1 ponto percentual”, salienta o especialista ao Money Times.
Contudo, existe uma parcela dos economistas que já enxerga uma Selic acima de 13% ao final de 2022, bem acima do consenso de 12,75% presente no último boletim Focus.
O boletim Focus desta semana foi ruim, na avaliação do economista-chefe da Ativa Investimentos Étore Sanchez, fazendo a corretora elevar para 13,25% sua previsão de Selic e PIB cair a zero em 2022.
Juros DI
Por volta das 9h30, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subia para 13,16%, recuo de 0,53% ante o ajuste anterior.
O título com vencimento para janeiro de 2025 subia 12,51%, queda de1,22%.
No mesmo instante, o contrato de juros futuro com vencimento em janeiro de 2027 subia para 12,32%, baixa de 1,28%.
Tresuaries
Já os tresuaries, títulos públicos dos Estados Unidos, com vencimento em 10 anos cediam 1,07% no ajuste anterior, com rendimento de 2,07% ao ano, diante da volatilidade provocada pelo início do ciclo de alta de juros anunciado pelo Federal Reserve (Fed).
O presidente do Fed, Jerome Powell, já disse que recomendará um aumento de 0,25 pontos percentuais em 16 de março, no primeiro aumento desde dezembro de 2018.
O custo econômico da guerra na Ucrânia, incluindo um aumento sem precedentes nos preços das commodities, será o pano de fundo da decisão do Fed em elevar a taxa de juros nos EUA.