Juros DI abrem a semana mistos, repercutindo teto da Selic a 12,75% ao ano
Os contratos de juros futuros (DI) operam entre perdas e ganhos nesta manhã de segunda-feira (28), após alívio na curva futura de juros no último pregão, quando o Banco Central (BC) reforçou que o teto da taxa Selic deve estacionar em 12,75% ao ano.
Na última sexta-feira (25), Roberto Campos Neto, presidente do BC, afirmou que a autoridade monetária do Brasil espera que o ciclo de alta da taxa básica de juros da economia se encerre em 12,75% ao ano, apesar de a ata do Copom ter deixado a porteira aberta para exceder o teto, caso o quadro inflacionário o exija.
Elevar a taxa Selic é o mecanismo adotado pelo BC para conter o aumento da inflação. As expectativas sobre isso mexem com as cotações dos contratos futuros de juros
Por outro lado, a inflação no Brasil ainda não tem demonstrado sinais claros de desaceleração, o que faz com que parte do mercado já contrate uma Selic acima de 13% ao ano.
Na avaliação da MCM Consultores, os juros DI devem ter mais uma sessão com viés de queda.
Dados da contas externas de fevereiro serão o destaque da agenda. A expectativa é de um forte fluxo de investimentos. Arrecadação de fevereiro também será divulgada.
Juros DI
Por volta das 9h50, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subia para 12,75%, alta de 0,31% ante o ajuste anterior.
O título com vencimento para janeiro de 2025 subia 11,39%, recuo de 0,31%.
No mesmo instante, o contrato de juros futuro com vencimento em janeiro de 2027 subia para 11,27%, perda de 0,27%.
Tresuaries
Os tresuaries, títulos públicos dos Estados Unidos, com vencimento em 10 anos queda de 2,05% no ajuste anterior, com rendimento de 2,44% ao ano.
A curva de juros se inverteu, o que potencialmente indicaria que uma recessão está por vir, comenta George Wachsmann, CIO e sócio fundador da Vitreo, em sua coluna diária ao Money Times.
Em meio a tal dinâmica, o presidente Joe Biden planeja solicitar nesta semana US$ 813 bilhões em gastos com segurança nacional no orçamento federal que enviará ao Congresso — o aumento de 4% em relação ao ano fiscal atual reflete o crescente desafio militar e o desenvolvimento de novos sistemas de defesa caros diante da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.