Juros derruba preço-alvo de empresas do e-commerce em 20%, aponta BofA
O aumento das taxas de juros a longo prazo e a volatilidade do mercado, elevando o custo do capital próprio, levaram o preço-alvo do e-commerce a cair em 20%, aponta o Bank of America (BofA).
No entanto, segundo o relatório, o e-commerce e varejo podem ter compensações potenciais na forma de consolidação, melhorias de eficiência, aquisições adicionais ou novas oportunidades de licenciamento e mercado, resultando em menor ou nenhum ajuste.
Risco de inflação e recessão no e-commerce e varejo
Segundo o relatório, o BofA continua a buscar o aumento da inflação de alimentos para eliminar gastos arbitrários, principalmente para consumidores de baixa renda.
“A inflação de alimentos de 20% na região reduziria os gastos discricionários em cerca de 15% entre os grupos de baixa renda, e continuamos particularmente cautelosos com modelos de negócios que atendem a segmentos de consumidores menos abastados”, aponta.
Dessa forma, enquanto os riscos de recessão estão aumentando, o banco também espera gastos no ano eleitoral no Brasil.
“Também buscamos preços de commodities fortes e quase escoramento para mitigar os riscos de recessão”, diz.
Destaque para o Mercado Livre, FEMSA e Assaí
O Bank of America continua a perceber valor em toda sua cobertura de empresas e destaca as visões de maior convicção.
Segundo o relatório, o Mercado Livre (MELI34) está evidenciando a capacidade de monetizar em várias verticais de plataforma e deve continuar se beneficiando do crescimento do comércio eletrônico e das fintechs, pois melhora ainda mais sua rede e adiciona funcionalidade ao e-commerce.
Já a FEMSA (FMXB34) tem um posicionamento de alto volume/baixo custo de aquisição de clientes, ao construir um catalisador de preço de ações chamado Spin.
“As propostas disruptivas de valor alimentar do Assaí (ASAI3) também parecem altamente atraentes em nossa visão quando olhamos para 2023″, diz o relatório.
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