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Juro que são os juros: as taxas que deixam os investidores com a pulga atrás da orelha e as principais notícias que mexem com o seu bolso hoje

03 out 2023, 9:10 - atualizado em 03 out 2023, 9:11

Não me lembro de em algum momento da minha vida jornalística ter escrito tanto sobre juros. Eu juro — e nem é música romântica. Longe disso.

É o Congresso impondo limite às taxas do rotativo e do parcelado do cartão de crédito. É o Copom querendo baixar a Selic, mas não tanto quanto se deseja. É o Fed disposto a subir os juros até onde for preciso — e as taxas das Treasuries seguindo o fluxo e se mantendo nos níveis mais altos desde 2007.

Quem não está se dando muito bem nessa é quem investe em bolsa. “Com os juros tão altos em meio a tantas incertezas, eu vou fazer o que na renda variável?”, pensam uns. “E o tal rali de fim de ano do Ibovespa?”, perguntam-se outros.

A resposta para a primeira pergunta vai muito do perfil de risco de cada um.

Já a resposta para a segunda talvez seja conhecida nos próximos dias.

O Congresso Nacional trabalha durante esta semana em projetos fundamentais para a ambição do Palácio do Planalto de zerar o déficit fiscal em 2024. Os participantes do mercado financeiro não botam a menor fé no cumprimento desse objetivo.

No entanto, a forma como as medidas buscadas por Lula 3 para aumentar a arrecadação passarem no Congresso será fundamental para recalibrar a percepção do risco fiscal pelos agentes do mercado, especialmente no que se refere à taxação dos fundos offshore e exclusivos.

Não será uma tarefa fácil. Pelo contrário. Enquanto isso, a tal curva de juros abre.

Para o colunista Matheus Spiess, porém, nem tudo está perdido. Na coluna de hoje, ele explica o que precisaria acontecer para destravar um rali de fim de ano no Ibovespa.

Juro que vale a leitura!

O que você precisa saber hoje

ESQUENTA DOS MERCADOS
Bolsas internacionais amanhecem com freio de mão puxado em meio à disparada das Treasuries nos EUA; Ibovespa mira dados da produção industrial. 
A expectativa de que os juros nos EUA continuem elevados por mais tempo e a expectativa com o payroll fazem investidores ficarem na defensiva; no Brasil, mercado tende a ficar a reboque do exterior.

NOVIDADE NO VAREJO
FIDCs: antes restritos a milionários, estes fundos de renda fixa tendem a superar o CDI e agora estão disponíveis para todos; veja como funcionam.
 Novas normas que regem os fundos de investimento entram em vigor e possibilitam que FIDCs passem a ser oferecidos ao público geral; entenda o que são e onde investem esses fundos.

NEGOCIAÇÃO COM CREDORES
Por que hoje será um “Dia D” para a Casas Bahia (BHIA3)? Entenda como uma reunião pode impactar a situação financeira da varejista.
 Na avaliação da Genial Investimentos, a reunião desta terça-feira será crucial para definir a saúde financeira da companhia a partir de agora.

NOVA FRONTEIRA
Petrobras (PETR4) obtém vitória com aval do Ibama para perfurar dois poços e avança na Margem Equatorial; entenda o potencial da região. 
No plano da companhia para 2023 a 2027, os investimentos na região estão estimados em US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões), em um total de 16 poços a serem perfurados no período.

DESTAQUE DA INDÚSTRIA
Por que os fundos imobiliários de shoppings rendem mais que o dobro do IFIX e batem o Ibovespa no ano.
O varejo é outra categoria de destaque no ano, e ambos os segmentos superam o desempenho do principal índice de FIIs da B3.

NO EMBALO DA PRIVATIZAÇÃO
Privatização da Sabesp (SBSP3): governo de São Paulo envia proposta de mudança nas concessões para municípios; veja o que muda.
Os pontos principais do acordo são a antecipação das metas de universalização dos serviços oferecidos pela companhia de 2033 para 2029 e mais.

LUZ NO FIM DO TÚNEL?
Light (LIGT3) dá passo em direção ao fim da recuperação judicial; entenda o que vai acontecer agora.
O processo foi aceito em 15 de maio, 48 horas depois do pedido da companhia.

CONSOLIDAÇÃO
BTG Pactual (BPAC11) paga R$ 500 milhões por 100% da Órama e chega à 11ª aquisição da plataforma de investimentos.
Com aproximadamente R$ 18 bilhões sob custódia, a Órama foi fundada por ex-sócios da Ágora e tem a família Marinho entre os acionistas.

Uma boa terça-feira para você!