Juliana Irala: Startups brasileiras já receberam meio bilhão de dólares em 2022
Na América Latina, parece que as boas ondas do venture capital não ficaram em 2021. As startups da região iniciaram 2022 com um salto de 70% em volume de aportes: foram US$1,3 bilhão em investimentos apenas em janeiro. A informação é de um levantamento realizado pela plataforma de inteligência Sling Hub.
Ao todo, foram concluídas 81 rodadas, com o valor médio dos cheques de US$25,4 milhões – 56% maior que em 2021. E abocanhando 45% do volume levantado, US$ 591 milhões, as startups brasileiras foram responsáveis por 76% das rodadas.
Mas, embora continue na liderança, o Brasil atraiu 11% menos investimentos do que em janeiro do ano passado, quando recebeu US$668 milhões. A média de valor das rodadas brasileiras também foi menor que as da região, US$16,5 milhões.
Das dez maiores rodadas da região, o Brasil emplacou 3 posições, incluindo a maior delas. A Creditas, startup especializada em crédito com garantia, levantou US$260 milhões em série F, menos de um ano após virar unicórnio. As outras duas foram a Gupy, plataforma de soluções para departamentos de Recursos Humanos, que levantou US$90 milhões em maior rodada para uma startup fundada por mulher e do segmento em que ela atua; e a sportstech Rei do Pitaco, com US$32 milhões.
Seguindo a tendência do mercado, o segmento com maior quantidade de investimentos foi o financeiro, com 30 startups, sendo 12 brasileiras. Logo atrás vem as retailtechs, com 5 no Brasil e 7 na América Latina; foodtech, 4 e 6, na mesma ordem; e edtech, 4 e 5.
O mesmo relatório também revelou quais fundos mais investiram na América Latina em janeiro. O mais ativo foi o Softbank, que liderou 7 rodadas, seguido por Kaszek e Maya Capital, com 5 rodadas.
Fusões e aquisições
Por aqui, o total de fusões e aquisições foi 64% maior em relação a janeiro de 2021. Foram 27 deals, sendo 22 aquisições e 5 fusões. Isso sem contar a compra da Navent, startup internacional, pela brasileira Quinto Andar.
Quanto ao segmento, e ainda seguindo a tendência, as fintechs foram o tipo de startup mais adquirido em janeiro, com 5 no total, todas brasileiras. Em seguida, 3 logtechs foram adquiridas, todas também brasileiras; 3 proptechs na América Latina e 2 edtechs no Brasil.
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