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Julho indica mudança no mercado do boi; isenção na cesta básica mexerá nos preços?

13 jul 2024, 10:00 - atualizado em 13 jul 2024, 10:04
carnes reforma tributária
Desde o final do mês de julho, os preços do boi tem apresentado uma trajetória ascendente com dólar mais forte e redução de oferta (Imagem: Unsplah/@joseignaciopompe)

O texto-base da reforma tributária foi aprovado na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (10). Entre os destaques, estava a inclusão das carnes bovina, suína e de aves na cesta básica isenta. O texto segue para o Senado.

A percepção de Felipe Fabbri, analista de proteína animal na Scot Consultoria, é de que a isenção da proteína bovina não deva promover grandes mudanças na trajetória de consumo do Brasil.

“Podemos ver um estímulo no consumo de cortes dianteiros, que são mais baratos naturalmente. Se isso ocorrer até o fim do ano, é possível vermos preços da carne bovina no segundo semestre subindo por um movimento natural do período, mas sem tanta intensidade pela redução da alíquota de taxação”, comenta.

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O segundo semestre marca um período de maior demanda no mercado interno e de uma população mais capitalizada.

“Por este motivo, a indústria deve praticar preços mais firmes para melhorar suas margens, e talvez a gente sinta impactos mais fortes apenas no primeiro trimestres de 2025, quando a demanda costuma ser menor”, completa.

Momento atual para o mercado de carnes

O analista da Scot Consultoria ressalta que há uma mudança ocorrendo no mercado do boi.

“Os preços têm trabalhado mais firmes nos primeiros dias de julho, já que desde o fim de junho vemos uma retomada, muito pelo dólar mais forte e redução de oferta, que ainda segue elevada, principalmente para fêmeas, além de exportações aquecidas com uma margem interessante”, vê.

No mercado futuro, os preços indicam um cenário de alta para as cotações, com os contratos entre outubro e dezembro girando em torno de R$ 246 a R$ 248 para arroba.

“O que pode acabar com essa trajetória de alta seria uma oferta de boiadas confinadas. Se elas vierem mais intensas, somada a uma oferta de fêmeas ainda alta, ainda favorável à indústria, podemos ter uma sobreoferta de boiadas chegando ao mercado, com menor necessidade do comprador e possibilidade de pressão de baixa no curto prazo”.

Ainda assim, Fabbri ressalta que não vê isso acontecendo (oferta elevada de fêmeas), diferente do ano passado, quando em meados de agosto a oferta de fêmeas estava elevada em agosto.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
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