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Juíza permite que presidente da Alphabet seja interrogado em processo sobre privacidade

28 dez 2021, 15:15 - atualizado em 28 dez 2021, 15:15
CEO do Google, Sundar Pichai
O Google disse anteriormente deixar claro que o modo anônimo apenas impede os dados de serem salvos no dispositivo do usuário, e está se defendendo do processo (Imagem: REUTERS/Brandon Wade)

Uma juíza federal do Estado norte-americano da Califórnia decidiu que o presidente executivo da Alphabet, Sundar Pichai, poderá ser interrogado por até duas horas em um processo envolvendo a privacidade do modo “anônimo” do Google Chrome.

Na ação, movida em junho de 2020, usuários acusam o Google, que pertence a Alphabet, de rastrear ilegalmente o conteúdo acessado por eles enquanto utilizavam o modo de navegação “anônimo” do Chrome.

Os usuários argumentam que Pichai tem “conhecimento pessoal e único” de questões relacionadas ao navegador Chrome e à política de privacidade da empresa, segundo documentos judiciais.

O porta-voz do Google José Castañeda disse à Reuters que os novos pedidos eram “injustificados e exagerados”.

“Embora contestemos veementemente as reivindicações neste caso, nós cooperamos com os inúmeros pedidos dos reclamantes… Continuaremos a nos defender vigorosamente”, disse Castañeda.

Pichai foi avisado em 2019 de que descrever o modo de navegação anônimo do navegador como “privado” era problemático, mas manteve sua posição porque não queria o recurso “sob os holofotes”, de acordo com um documento judicial de setembro.

Em sua ordem na segunda-feira, a juíza Susan van Keulen, de San Jose, Califórnia, disse que, com base em alguns documentos, informações relevantes específicas foram comunicadas a Pichai, e possivelmente partiram dele, e, por isso, a magistrada deu apoio a um pedido dos advogados dos usuários para questionar o executivo.

O Google disse anteriormente deixar claro que o modo anônimo apenas impede os dados de serem salvos no dispositivo do usuário, e está se defendendo do processo.

As políticas de privacidade do Google geraram escrutínio regulatório e legal nos últimos anos em meio a crescentes preocupações do público sobre a vigilância online.