Empresas

Juíza dos EUA arquiva processo de suposto uso de informação privilegiada na 3G Capital, de Lemann

25 jul 2024, 10:00 - atualizado em 25 jul 2024, 10:00
kraft heinz 3g capital insider trading
Suspeita era de que nomes do 3G Capital tinham conhecimento prévio de perdas na Kraft Heinz e por isso venderam participação do grupo (Imagem: REUTERS/Andrew Kelly)

Lori W. Will, juíza do tribunal de Delaware, nos Estados Unidos (EUA), arquivou um processo de três investidores da Kraft Heinz contra a 3G Capital, que afirmava a existência de insider trading na venda de ações pelo 3G em 2018, com o conhecimento prévio de potenciais perdas da empresa de alimentos.

Em agosto de 2018, o 3G vendeu 20,3 milhões de ações, representando 7% da participação do grupo na Kraft Heinz. Seis meses depois, a empresa desvalorizou US$ 15,4 bilhões em valor de mercado.

Caso confirmado, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, da 3G, e outros nomes indicados ao conselho da Kraft Heinz seriam acusados de insider trading, com o possível uso de informações privilegiadas.

Segundo a juíza, que negou o pedido dos investidores da empresa alimentícia na sexta-feira (19), “vistas em conjunto, as alegações dos demandantes não cumprem o padrão […] Não existem fatos bem fundamentados que ponham em dúvida a independência do conselho”.

A Kraft Heinz foi formada em 2015 a partir da fusão da Kraft Foods com a Heinz, com o capital do 3G Capital e da Berkshire Hathaway, de Warren Buffet.

Posteriormente, em setembro de 2021, a empresa comprou a Hemmer e, no começo do ano, o 3G zerou a posição de 16% que mantinha na Kraft Heinz.

A reportagem procurou a 3G Capital, que preferiu não comentar o assunto.