Juíza dos EUA arquiva processo de suposto uso de informação privilegiada na 3G Capital, de Lemann
Lori W. Will, juíza do tribunal de Delaware, nos Estados Unidos (EUA), arquivou um processo de três investidores da Kraft Heinz contra a 3G Capital, que afirmava a existência de insider trading na venda de ações pelo 3G em 2018, com o conhecimento prévio de potenciais perdas da empresa de alimentos.
Em agosto de 2018, o 3G vendeu 20,3 milhões de ações, representando 7% da participação do grupo na Kraft Heinz. Seis meses depois, a empresa desvalorizou US$ 15,4 bilhões em valor de mercado.
Caso confirmado, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, da 3G, e outros nomes indicados ao conselho da Kraft Heinz seriam acusados de insider trading, com o possível uso de informações privilegiadas.
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Segundo a juíza, que negou o pedido dos investidores da empresa alimentícia na sexta-feira (19), “vistas em conjunto, as alegações dos demandantes não cumprem o padrão […] Não existem fatos bem fundamentados que ponham em dúvida a independência do conselho”.
A Kraft Heinz foi formada em 2015 a partir da fusão da Kraft Foods com a Heinz, com o capital do 3G Capital e da Berkshire Hathaway, de Warren Buffet.
Posteriormente, em setembro de 2021, a empresa comprou a Hemmer e, no começo do ano, o 3G zerou a posição de 16% que mantinha na Kraft Heinz.
A reportagem procurou a 3G Capital, que preferiu não comentar o assunto.