Juiz português afasta CEO da EDP em meio a investigação de corrupção
Um juiz de Lisboa determinou que o presidente-executivo da EDP, António Mexia, e o CEO da subsidiária EDP Renováveis sejam suspensos de suas funções em meio a uma investigação sobre corrupção, disse nesta segunda-feira uma fonte familiarizada com o assunto.
A decisão foi inicialmente noticiada pelo website ECO.
Há três anos, o Ministério Público português denunciou Mexia e o presidente-executivo da EDP Renováveis, João Manso Neto, por suspeitas de corrupção em um caso de 2007, que envolve o ex-ministro da Economia do país, Manuel Pinho. A EDP, os dois executivos e Pinho sempre negaram qualquer irregularidade.
Autoridades do tribunal não estavam imediatamente disponíveis para comentários, enquanto a EDP se recusou a comentar o assunto.
O ECO e outras publicações locais, entre elas o site do semanário Expresso, disseram que a decisão de suspender os executivos, com efeito imediato, foi tomada pelo juiz Carlos Alexandre, que também é responsável por um caso de corrupção envolvendo o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal suspendeu a negociação de ações das duas companhias e, em comunicados publicados separadamente, disse aguardar que as empresas divulguem informações relevantes ao mercado.
As ações da EDP caíam 2,4% na sessão, enquanto o índice acionário de Lisboa operava perto da estabilidade.