Juiz peruano rejeita prisão preventiva de Keiko Fujimori por lavagem de dinheiro
Um juiz peruano recusou nesta segunda-feira um pedido para que a candidata à Presidência do Peru Keiko Fujimori retornasse à prisão preventiva por um caso de lavagem de dinheiro e corrupção, ao mesmo tempo em que a candidata exige a revisão dos votos nas eleições recentes do país.
Keiko, filha mais velha do ex-presidente Alberto Fujimori, não admitiu sua derrota para o socialista Pedro Castillo, que se proclamou vencedor após a autoridade eleitoral do país anunciar sua liderança por uma diferença de 44.058 votos.
Para anunciar oficialmente o vencedor, o Tribunal Nacional de Eleições deve resolver a impugnação ou anulação de milhares de votos de regiões remotas, a maioria solicitada por Keiko Fujimori, que alega “fraude em mesa”. O processo de revisão pode demorar dias e até semanas, segundo especialistas.
Observadores internacionais do processo em Lima já manifestaram que as eleições ocorreram de maneira transparente.
O procurador do caso envolvendo Keiko, José Domingo Pérez, havia pedido 11 meses e 22 dias de prisão preventiva para a candidata, alegando que ela descumpriu restrições como por exemplo manter comunicação com testemunhas do caso, no qual ela é acusada de receber 1,2 milhão de dólares da construtora brasileira Odebrecht para suas campanhas políticas em 2011 e 2016.
A candidata compareceu à audiência de segunda-feira junto de sua advogada Giulliana Loza, que afirmou que sua cliente não descumpriu restrições nem agiu para obstruir o processo judicial, que ainda não tem data marcada para o início das audiências.