Juiz autoriza Samarco a seguir pagando por reparos em barragem
O juiz Adilon Cláver de Resende, de Minas Gerais, recusou demanda dos credores da Samarco, para que a empresa deixasse de fazer os pagamentos por reparos aos danos ambientais e sociais causados pela ruptura em uma barragem, em 2015.
Credores incluindo o York Capital haviam pedido a suspensão dos pagamentos da Samarco, joint-venture entre a Vale (VALE3) e a BHP, que já chegaram a R$ 1,55 bilhão em duas parcelas, argumentando que eles esvaziam o caixa da empresa, trazendo prejuízo aos credores.
O juiz argumenta que é “perfeitamente compreensível” que a Samarco faça os aportes por conta própria, pois voltou a produzir e ter faturamento, e “somente com sua inadimplência é que as suas controladoras assumem essa obrigação”.
Segundo o juiz, uma decisão final sobre o papel da Vale e da BHP nos pagamentos ainda está por sair. A Samarco, em recuperação judicial desde abril, retomou sua produção em dezembro, após ficar parada desde o rompimento da barragem na região de Mariana.