JSL Logística tem para-choque sólido para quando o coronavírus cruzar seu caminho
O balanço do primeiro trimestre mostra que a JSL Logística (JSLG3) tem uma operação robusta para enfrentar o coronavírus. É verdade que, como outras empresas, ela não sairá ilesa da crise econômica gerada pela pandemia, mas a diversificação dos mercados em que atua servirá como um resistente para-choque.
A avaliação é do BB Investimentos, em relatório assinado por Renato Hallgren. “A crise ocasionada pelo efeito Covid-19 atingirá a JSL, assim como a cadeia de logística e transportes no Brasil”, afirma, para acrescentar em seguida: “a JSL possui um modelo de negócios diversificado, que deverá mitigar os impactos negativos em suas operações.”
Por isso, a gestora do Banco do Brasil manteve a recomendação outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 26 para o fim de 2020.
O valor representa uma alta potencial de 55% sobre a cotação de 15 de maio, tomada como referência pelo BB Investimentos.
Diversificação
Além do transporte de cargas, que está na origem do grupo, a JSL atua também com locação de caminhões, máquinas e equipamentos, por meio da Vamos, e controla a locadora de veículos Movida (MOVI3).
Hallgren não descarta, inclusive, que a JSL vá às compras, em meio à crise. “Considerando a liquidez da companhia, não descartamos potenciais aquisições no setor”, diz. “E ainda vale destacar um provável IPO da Vamos, que deverá fortalecer a estrutura de capital da JSL”, acrescenta.