JPMorgan realiza transação em blockchain usando sua criptomoeda JPMCoin
Considere este como um sinal significativo de adesão de blockchain entre grandes instituições financeiras.
Nesta quinta-feira (10), JPMorgan anunciou a execução de uma transação de acordo de recompra (do inglês “repo transaction”) baseada em blockchain, alavancando sua epônima JPMCoin.
O anúncio vem quase dois meses após o JPMorgan ter anunciado a reformulação de sua unidade blockchain — agora chamada Onyx — e afirmar que seu produto parecido com uma stablecoin — criptomoeda de valor estável — entrou em produção.
Em relação à transação de recompra, o banco disse que o uso do blockchain foi um “acordo negocial atômico”. Assim, a finalização da transação leva horas em vez de dias, segundo o comunicado de imprensa.
O mercado de acordos de recompra (ou “repo market”) é onde grandes bancos pegam dinheiro emprestado de outras grandes instituições financeiras para cobrir despesas operacionais — geralmente, são pagos de volta em até um dia. O mercado é conhecido por suas ineficiências.
“O mercado de recompra fornece uma maneira amplamente utilizada de assegurar o financiamento. Porém, atuais limitações operacionais prejudicam o uso significativo de tal financiamento para atender necessidades de liquidez intradiárias”, afirmou o banco.
“O uso de blockchain permite que mutuários e mutuantes realizem transações de acordos de recompra intradiários e a curto prazo, com liquidação de transações imediata e simultânea, criando novas formas de acessar a liquidez intradiária.”
O banco planeja tornar seu produto disponível a outras contrapartes no futuro. Sua rival Goldman Sachs realizou simulações comerciais bem-sucedidas em que BNY Mellon serviu como um agente tripartido.
“Esse é um projeto empolgante que vividamente destaca onde o blockchain pode ajudar a solucionar um problema no sistema financeiro do mundo real e estamos empolgados para ir ao ar no início de 2021”, disse Matthew McDermott, líder global de criptoativos no Goldman Sachs.
Mercado tradicional vs. cripto:
Goldman Sachs não confia no potencial do bitcoin