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JPMorgan passa a fornecer serviços para corretoras cripto, como Coinbase e Gemini

12 maio 2020, 11:36 - atualizado em 12 maio 2020, 11:36
JPMorgan Bancos Empresas
Essa é a primeira vez que a JPMorgan atende clientes do universo cripto (Imagem: Reuters/Amr Alfiky)

A gigante instituição financeira JPMorgan está atendendo corretoras de criptoativos.

As primeiras clientes cripto do JPMorgan são Coinbase e Gemini, de acordo com uma matéria do Wall Street Journal, citando “pessoas familiarizadas com o assunto”.

Essa é a primeira vez que a JPMorgan atende clientes do universo cripto. As contas da Coinbase e da Gemini foram aprovadas no mês passado e as transações estão começando a ser processadas, de acordo com a notícia.

Quando perguntadas sobre a decisão, JPMorgan e Gemini se recusaram a fornecer comentários para o The Block e a Coinbase ainda não retornou o contato.

Aparentemente, JPMorgan está fornecendo serviços de gerenciamento de dinheiro para corretoras cripto e lidando com transações baseadas em dólar para seus clientes estadunidense. Processará transferências bancárias, depósitos e saques por meio da rede Automated Clearing House (ACH).

“Uma notícia bem importante”

Desde sempre, bancos são bem conhecidos por serem relutantes em fornecer serviços para empresas cripto, incluindo corretoras. Em agosto de 2019, Barclays parou de fornecer serviços bancários à Coinbase.

O fornecimento de serviços bancários do JPM para corretoras de criptoativos como Coinbase e Gemini é um grande passo para o mercado tradicional (Imagem: Crypto Times)

A iniciativa do JPMorgan sugere que empresas de finanças tradicionais estão se tornando mais confortáveis com o mercado de criptoativos.

“É uma notícia bem importante, na minha opinião”, contou um bancário ao The Block.

“Existem poucos serviços disponíveis e relacionados a pagamentos bancários e em ACH. Eu espero que existam outros benefícios ao JPM por quaisquer serviços bancários relacionados, além da colaboração com ambas as empresas, tornando possível qualquer IPO futura ou outro serviço, como a JPM Coin, a ser oferecido em qualquer uma dessas plataformas.”

O bancário acrescentou que, conforme Wall Street deu essa notícia, pode resultar na abertura de mais portas para empresas cripto em outros bancos.

“Da mesma forma, a notícia sobre o bilionário Paul Tudor Jones dá a grandes fundos de hedge uma justificativa para considerar o bitcoin. O maior banco [do mundo] fornecendo serviços a corretoras cripto dá muita credibilidade a esse universo.”

Apesar do CEO do JPMorgan ter chamado o bitcoin de “fraude”, o banco parece estar disposto a entrar nesse mercado (Imagem: Freepik)

O bitcoin é uma “fraude”?

A decisão do JPMorgan é bem interessante, já que seu CEO Jamie Dimon é um grande crítico do bitcoin. Uma vez, ele chamou a maior criptomoeda do mundo de “fraude”.

Porém, JPMorgan realizou experiências com blockchain, a tecnologia subjacente do bitcoin.

O banco opera uma rede de pagamentos baseada em blockchain chamada Interbank Information Network, permitindo que bancos participantes troquem informações relacionadas a pagamentos internacionais.

Alguns dos grandes bancos que usam a rede incluem Deutsche Bank, Royal Bank of Canada e o Australia and New Zealand (ANZ) Banking Group, dentre outros.

JPMorgan também opera um token digital parecido com uma stablecoin chamado JPM Coin, que permite transferências de pagamento instantâneas entre contas institucionais.

No início deste ano, JPMorgan estava em negociação para fundir sua unidade de blockchain Quorum com ConsenSys, estúdio de desenvolvimento da Ethereum.

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