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JPMorgan: o preço do bitcoin está “insustentável” e volatilidade precisa diminuir

17 fev 2021, 10:03 - atualizado em 29 mar 2021, 14:54
De tempos em tempos, os estrategistas do grande JP Morgan dão seus “pitacos” sobre o mercado cripto; desta vez, segundo eles, a volatilidade precisa se estabilizar para que o preço permaneça em alta (Imagem: Unsplash/executium)

A volatilidade do bitcoin precisa diminuir para que seu preço atual permaneça alto, segundo estrategistas do JPMorgan.

Por que o preço do bitcoin é tão volátil?

Em uma nota publicada ontem (16), os estrategistas do JP Morgan, liderados por Nikolaos Panigirtzoglou, afirmaram que, “a menos que a volatilidade do bitcoin diminua rapidamente aqui”, seu atual preço de US$ 50 mil “parece insustentável”.

Nos últimos meses, o bitcoin vem quebrando recordes. Atualmente, está sendo negociado acima dos US$ 51 mil.

JPMorgan disse que a capitalização de mercado da criptomoeda aumentou em US$ 700 bilhões desde setembro de 2020, apesar de ter visto influxos institucionais de apenas US$ 11 bilhões.

Como isso é possível? Existem dois prováveis motivos, segundo os estrategistas: um aumento no interesse de investidores tradicionais e especulativos, bem como influxos bem significativos do varejo.

“Movimentações desde janeiro deste ano parecem ter sido mais influenciadas por fluxos especulativos”, afirmam os estrategistas. “Isso também sugere que um certo aumento nos fluxos tradicionais também precisaria sustentar os preços atuais na falta de uma reaceleração do fluxo do varejo.”

Em relação aos influxos de varejo, disseram eles, “o impulso de varejo nos EUA foi relativamente forte desde janeiro e é pouco provável que esse impulso do varejo seja uma força motriz não apenas para ações, mas também para o bitcoin”.

Variável proxy para o interesse tradicional de investidores especulativos e institucionais vs. retornos de bitcoin – fluxos em milhões de dólares (Imagem: CME, Bloomberg Finance L.P., J.P. Morgan)

Os estrategistas compararam a volatilidade do bitcoin com a do ouro e afirmaram que a criptomoeda e seu maior fundo — o Bitcoin Trust (GBTC) da Grayscale — consumem, em média, 6,2 vezes mais capital de risco do que o ouro e seu maior fundo — GLD —, o maior fundo negociado em bolsa de ouro em termos de ativos sob gestão.

Capital de risco se refere aos fundos alocados à atividade especulativa e utilizada para investimento de alto risco e retorno.

Os estrategistas do JPMorgan também comentaram sobre os recém-lançados futuros de ether (ETH) pelo CME Group e disseram que essa lenta força inicial dos futuros de ether é similar aos futuros de bitcoin do CME no início.

“Porém, na nossa opinião, não irá demorar muito tempo para que futuros de ether comecem a ganhar força, assim como os futuros de bitcoin, conforme o interesse dos investidores em criptomoedas ainda levará alguns anos para amadurecer”, afirmaram eles.