JPMorgan aumenta para 5,22% sua posição acionária na Locaweb
A Locaweb (LWSA3) informa que o banco norte-americano JPMorgan expandiu para 5,22% sua participação acionária na empresa de tecnologia.
Conforme o anúncio, no último dia (31), a instituição financeira passou a deter 6.579.907 ações ordinárias da Locaweb.
“A operação de compra de ações ordinárias de emissão da Locaweb citada teve motivação exclusiva de investimento, não visando alteração da composição do controle ou da estrutura administrativa da companhia, sem prejuízo do regular exercício de eventual direito de voto pelos referidos investidores”, adverte o JPMorgan em comunicado anexo.
E-commerce aquecido não muda valuation de aquisições
Mesmo antes de estrear na Bolsa no início de fevereiro, a Locaweb já chamava a atenção do mercado. Primeiro, porque os investidores aceitaram comprar suas ações por R$ 17,25, no teto da faixa indicativa, na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).
A cifra correspondia a um múltiplo Preço/Lucro estimado para 2020 de 30 vezes e implicava num valor de mercado de R$ 2,6 bilhões. Por aquele valor, o IPO movimentou mais de R$ 1 bilhão, dos quais, R$ 575 milhões na oferta primária – o dinheiro que, efetivamente, entrou no caixa da empresa.
As sobrancelhas permaneceram levantadas, após as ações saltarem 20% no primeiro dia de pregão. Não faltou quem se perguntasse se o mercado havia enlouquecido. Mas, seis meses depois, o atual patamar em que os papéis são negociados faz aquelas dúvidas soarem como descabidas. Na última sexta-feira (14), fechou cotada em R$ 53,10 – um salto de 208% sobre o preço de colocação do IPO.
Há duas grandes fontes de geração de valor no radar da companhia: atrair novos clientes, sobretudo para sua divisão de e-commerce, e aumentar o tíquete médio de quem já utiliza seus serviços e produtos. Para tanto, a empresa não esconde de ninguém que realizará aquisições estratégicas. Neste momento, sete candidatas à venda mantêm memorandos de entendimento.
“A Locaweb não fez um IPO para aprender a fazer aquisições; a gente já faz M&A há muito tempo”, diz Rafael Chamas, diretor financeiro da companhia, em entrevista ao Money Times. Veja os principais trechos da conversa, clicando aqui.