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JPMorgan acredita que mais empresas de pagamentos permitirão aquisições em bitcoin

14 out 2020, 8:17 - atualizado em 14 out 2020, 8:19
JPMorgan
JPMorgan é uma das empresas tradicionais mais favoráveis à indústria cripto, tendo desenvolvido Quorum, sua solução comercial de blockchain (Imagem: REUTERS/Lucy Nicholson)

O gigante banco JPMorgan acredita que mais empresas de pagamentos permitirão que seus clientes adquiram bitcoin (BTC) em seus aplicativos, assim como Cash App da Square.

Nessa terça-feira (13), em uma nota de pesquisa, estrategistas do JPMorgan, liderados por Nikolaos Panigirtzoglou, afirmaram que o Cash App da Square, que acrescentou a negociação de bitcoin em 2018, ultrapassou o Bitcoin Trust da Grayscale como um veículo para aquisições em bitcoin por millennials americanos no segundo trimestre.

Dada a popularidade do aplicativo, estrategistas do JPMorgan acreditam que “outras empresas de pagamento farão o mesmo para facilitar investimentos de clientes em bitcoin ou arriscam serem deixadas para trás”.

Na verdade, as gigantes empresas de pagamento PayPal e Venmo estão trabalhando para fornecer serviços de compra e venda de cripto a seus milhões de usuários. PayPal revelou que está desenvolvendo recursos para cripto.

O Cash App da Square facilitou US$ 858 milhões equivalentes em aquisições de bitcoin no segundo trimestre enquanto o Bitcoin Trust da Grayscale facilitou US$ 750 milhões em bitcoin no mesmo trimestre.

“Acreditamos que millennials, ou os pequenos grupos do universo americano de investidores de varejo, estão usando o Cash App como um veículo alternativo ao Bitcoin Trust da Grayscale para aumentar suas posses em bitcoin”, afirmam os estrategistas do JPMorgan.

Embora Square ainda não tenha divulgado seus relatórios do terceiro trimestre, analistas dizem que, pensando na demanda parecida dos US$ 700 milhões no Bitcoin Trust da Grayscale, millennials americanos adquiriram cerca de US$ 1,4 milhão em bitcoin no trimestre.

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“Forte voto de confiança”

Estrategistas do JPMorgan também consideram a recente aquisição de US$ 50 milhões em bitcoin da Square como um “forte voto de confiança” para o futuro da criptomoeda.

Embora o investimento em bitcoin da empresa de pagamentos seja menor que a aposta de US$ 425 milhões da MicroStrategy, é “provavelmente apenas o começo”, segundo os estrategistas.

As iniciativas da Square e da MicroStrategy sinalizam o surgimento de corporações como uma fonte da demanda por bitcoin, afirmam os analistas, acrescentando que o equilíbrio de demanda/oferta (mineração) para bitcoin subiu mais de US$ 925 milhões no terceiro trimestre em comparação a US$ 544 milhões no segundo trimestre.

Derivativos de bitcoin, ou seja, futuros e opções, também estão vendo cada vez mais demanda varejista e institucional, segundo os estrategistas.

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e como funcionam?

Disseram que as posições abertas nos futuros de bitcoin da CME e os contratos de trocas perpétuas (ou “perpetual swaps”) em bitcoin “aumentaram drasticamente até meados de agosto antes da correção de setembro ter passado por um recuo”.

Opções de bitcoin também tiveram um aumento significativo em posições abertas, afirmam os analistas, acrescentando que continuam “extremamente enviesados” para a Deribit do que o CME Group.

“Por acreditarmos que clientes institucionais prefiram negociar contratos de opções em uma corretora bem-estabelecida e regulamentada como a CME, isso sugere que a atividade de opções de bitcoin continue mais direcionada pelo varejo”, afirmaram os analistas.