Comprar ou vender?

JP Morgan inicia cobertura do Grupo Mateus (GMAT3) e vê potencial de alta de 18%; hora de comprar?

13 set 2024, 10:47 - atualizado em 13 set 2024, 10:47
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JP Morgan inicia cobertura do Grupo Mateus com recomendação neutra (Imagem: Grupo Mateus/Divulgação)

O JP Morgan iniciou a cobertura do Grupo Mateus (GMAT3) com um preço-alvo para 2025 de R$ 9, implicando em um potencial de valorização de 18% ao considerar o fechamento do dia 12 de setembro, de R$ 7,66. A recomendação do banco é neutra.

Para o banco, apesar do crescimento acelerado nos últimos anos, a ação já precificou essa melhora.

Eles recordam que a varejista superou o Assaí (ASAI3) e o Carrefour (CRFB3) em 40% e 20%, respectivamente, e agora é negociada em linha com os pares a 11,5x e 10,5x o preço sobre o lucro de 2025 e 2026.

“Ainda assim, embora prefira a GMAT em vez dos pares devido ao melhor momento operacional, vemos que ela está precificada principalmente nos níveis atuais”.

Varejista com alta crescimento

Os analistas destacam que a forte presença da varejista, a terceira maior de alimentos do Brasil, na região Norte e a com expansão no Nordeste, são mercados com menor intensidade competitiva do que o Sudeste.

“Apoiada por um balanço patrimonial não alavancado e profundo conhecimento regional, a GMAT vem abrindo novas rotas de distribuição e é uma das varejistas de crescimento mais rápido no país, com CAGR (taxa de crescimento anual composta) de área de vendas ’19-’24E de 21%”.

Na avaliação dos analistas, o ritmo de crescimento acelerado deve permanecer em vigor, com a companhia aproveitando as vantagens do pioneirismo em muitos mercados regionais.

Neste sentido, esperam que o Grupo Mateus cresça a uma taxa de crescimento anual composta de 13% em 5 anos, que somado a um SSS (vendas nas mesmas lojas) ligeiramente acima da inflação, deverá dar suporte a um CAGR de lucros operacionais de 15%.

O JP Morgan observa que, ainda assim, o capital de giro é muito mais pesado do que os pares. Por outro lado, o banco destaca melhorias materiais no ciclo de caixa que podem levar muito tempo para se materializar.

Além disso, a alta relevância dos incentivos fiscais para os lucros e o recente aviso do IRS devem limitar os principais gatilhos positivos para as ações. No último sábado, a Receita Federal autuou o Grupo Mateus, por meio da Armazém, a bandeira de atacado da varejista, em R$ 1 bilhão.

Grupo Mateus de olho no Assaí?

No início deste mês, o Grupo Mateus esclareceu ao mercado que não há negociação ou tratativa para realização de oferta pública de aquisição de ações do Assaí (ASAI3), tendo em vista notícias que circulam na mídia.

“A companhia permanece focada no seu planejamento estratégico original de expansão na região Nordeste, fomentando a consolidação e o adensamento de rotas nas regiões Norte e Nordeste do país, inclusive considerando as tratativas para estruturação e conclusão da potencial operação com o Novo Atacado Comércio de Alimentos.”

O comunicado veio após o colunista Lauro Jardim, d’O Globo noticiar que o Grupo Mateus estaria trabalhando com a XP e com o Itaú para fazer uma oferta pelo controle do Assaí.

Em comunicado, o Assaí reiterou que não recebeu ou foi informada de qualquer oferta do Grupo Mateus pelo controle da companhia.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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