JP Morgan inicia cobertura de Caixa Seguridade (CXSE3) de olho nos dividendos e defesa contra volatilidade macro
O JP Morgan iniciou a cobertura de Caixa Seguridade (CXSE3) com classificação overweight (equivalente à compra), tendo em vista a oferta de seguros premium, dividendos e a posição defensiva no atual cenário macroeconômico. O preço-alvo para 2025 é de R$ 18, implicando em um potencial de retorno de 34%, incluindo um dividend yield de 9%.
O analista Guilherme Grespan e equipe, que assinam o relatório, apontam que a seguradora oferece aos investidores acesso a produtos de seguros com alto ROE (retorno sobre o patrimônio), como vida, hipoteca, residencial, previdência, títulos premium e consórcio, com ROE de cerca de 20-70%.
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Para o banco gringo, o acesso a uma extensa rede de distribuição da Caixa Econômica Federal, que conta com cerca de 3,3 mil agências e 150 milhões de clientes — em torno 20 milhões ativos — deve ajudar a capitalizar esse crescimento.
O JP Morgan estima uma taxa básica de juros (Selic) em 15,25% em 2025 e vê a Caixa Seguridade aproveitando os ventos favoráveis do ciclo de alta para a receita financeira da companhia.
Os analistas colocam ainda que, embora o BB Seguridade (BBSE3) ofereça um modelo de negócios igualmente premium, favorecem a Caixa Seguridade, uma vez que apresenta um menor impacto no VPL (valor presente líquido) do risco de renovação de contrato.
Entre as seguradoras, o JP Morgan favorece Porto Seguro (PSSA3), seguida pela Caixa Seguridade (CXSE3), BB Seguridade (BBSE3) e IRB(Re) (IRBR3).
Caixa Seguridade tem potencial para dividendos
O JP Morgan recorda que a Caixa Seguridade tem um contrato de 35 anos com a Caixa Econômica Federal, que concede à empresa acesso e receitas de comissão para todos os produtos de seguros vendidos por meio de agências e clientes do banco público.
A corretora é responsável por 42% das receitas previstas para 2025. A análise proprietária do JP Morgan mostra que a CXSE tem menor penetração do que a BBSE em produtos como hipoteca, vida de crédito, pensão e títulos premium, o que acrescenta vantagem ao crescimento, na avaliação do banco.
Os analistas ponderam que baixas necessidades de capital geram altos rendimentos de dividendos e a Caixa Seguridade praticamente não tem necessidades de capital.
“A combinação de altos retornos e baixas necessidades de capital gera um pagamento previsto em torno de
90% dos lucros e, consequentemente, um rendimento de dividendos atraente em torno de 9% em 2025”, calculam os analistas.