Internacional

JP Morgan: Indicadores do mercado de trabalho não indicam recessão nos EUA

26 ago 2019, 13:57 - atualizado em 26 ago 2019, 13:57
Bandeira EUA
Analistas avaliam relação no mercado de trabalho de demissões e contratações (Imagem: Pixabay)

Para o JPMorgan Asset Management, os indicadores econômicos nos EUA indicam que os temores em relação ao quadro recessivo “podem ser prematuros”.

De acordo com o banco, “Investidores devem olhar para o congelamento de contratações como um sinal de recessão”.

“Em períodos de recessão, a queda nas contratações é muito mais significativa do que a baixa nas demissões”, avalia o JP Morgan Asset Management.

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Comparativos

Em efeitos de comparação, no meio da recessão de 2001, a queda nas contratações foi de 1 milhão por mês, ao mesmo tempo que as demissões recuaram 489 mil. “Tal diferença foi ainda maior na Grande Recessão de 2007 a 2009”, avaliam os analistas, ao destacarem que as contratações caíram 1,8 milhão e o fechamento de postos de trabalho recuaram 745 mil.

“Outro fator importante extraído do gráfico é que a tendência de baixa nas contratações tende a preceder recessões, enquanto que o aumento nas demissões aparece após a recessão ter dado o pontapé”, avalia o JP Morgan Asset Management.

Por último, os analistas ponderam que, enquanto a probabilidade de recessão aumentou recentemente, “um ritmo firme de contratações indica que um crescimento lento é mais provável, pelo menos no curto prazo”.

Confira abaixo o gráfico da semana:

Relação invertida entre contratações e demissões evidencia preocupação prematura do mercado diante de quadro recessivo
Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
valter.silveira@moneytimes.com.br
Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.