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JP Morgan eleva para 35% risco de recessão nos Estados Unidos ainda em 2024; entenda

10 ago 2024, 15:41 - atualizado em 10 ago 2024, 15:41
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JP Morgan eleva para 35% risco de recessão nos Estados Unidos ainda em 2024 (Imagem: Skyler Ewing/Pexels)

O JP Morgan elevou de 25% para 35% a probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos (EUA) ainda este ano. No começo desta semana, as bolsas globais desabaram com o risco de uma crise na economia norte-americana no radar.

“As vulnerabilidades normalmente associadas a uma quebra de recessão — compressão sustentada da margem de lucro ou estresse do mercado de crédito e choques do mercado financeiro ou de energia — estão notavelmente ausentes”, diz a equipe do banco.

Bruce Kasman, Joseph Lupton e Nora Sentivanyi, do time econômico do JP, avaliam que elementos importantes da previsão de crescimento estão sendo desafiados.

As últimas pesquisas empresariais sugerem uma perda de ímpeto na manufatura global e na área do euro. Além disso, as notícias dos EUA também sugerem um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado na demanda por mão de obra e primeiros sinais de corte de mão de obra.

“Essas forças justificam maior preocupação, mas são temperadas por ganhos sólidos contínuos na atividade geral liderada pelo setor de serviços”, afirmam.

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Recessão e corte de juros

A nova expectativa do JP de risco de recessão contrasta com a reavaliação anterior para a perspectiva da taxa de juros. “A probabilidade cumulativa de taxa alta por muito tempo foi reduzida para 30%, abaixo de uma avaliação de 50% há apenas dois meses”, dizem.

O impulsionador da reavaliação, segundo a equipe, são as mudanças correlacionadas no risco de crescimento e inflação, que abalam a narrativa gradualista na orientação atual do Federal Reserve.

“Houve uma mudança positiva material no perfil de risco da inflação dos EUA, pois o forte desempenho do lado da oferta se combina com a moderação da demanda por mão de obra para aliviar a pressão do mercado de trabalho”, afirmam.

“A inflação salarial dos EUA está agora desacelerando de uma maneira não vista em outras economias. Combinado com ganhos de produtividade sólidos e sustentados, os custos unitários de mão de obra dos EUA se realinharam para um nível amplamente consistente com a meta de inflação do Fed”, completam

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.