JP Morgan divulga as 13 ações preferidas no Brasil
O JP Morgan continua otimista com o Brasil e avalia que o “maior ciclo de afrouxamento monetário do mundo” torna o país uma escolha melhor no momento ao ser comparado com o México na América Latina, avalia o banco em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (25) e assinado por Emy Shayo Cherman, chefe de estratégia para a região. A recomendação overweight (alocação acima da média) foi reiterada para o mercado brasileiro.
Gostou desta notícia? Receba nosso conteúdo gratuito
“Os investidores institucionais têm bolsos profundos em ambos os países, mas os brasileiros são mais propensos a entrar no mercado de ações quando a atratividade em relação aos títulos aumenta”, explica a análise. Ontem, o BC cortou a Selic para 7,5% ao ano. O consenso do mercado projeta mais uma queda de 0,5 p.p. em dezembro, o que encaminhará o juro para o menor nível já visto.
Sobre os preços, o JP entende que a avaliação de P/L (Preço sobre o Lucro) por aqui está no patamar mais elevado nos últimos 10 anos, “Ainda assim, vemos mais espaço para alta nas estimativas de crescimento nos lucros no Brasil, enquanto os números do México se mostram realistas e em linha com a tendência da atividade econômica”, aponta o relatório. O banco tem uma carteira de 13 ações preferidas no Brasil em seu portfólio.
Na lista publicada ontem, o banco realizou duas mudanças. A primeira foi a retirada das ações da Ecorodovias (ECOR3) devido ao ativo já estar bem precificado pelo mercado, para dar espaço aos papéis da Via Varejo (VVAR11). A empresa oferece acesso ao ciclo de recuperação do consumo brasileiro com um preço atraente na Bolsa, diz o JP.
A segunda alteração de peso aconteceu dentro do setor financeiro. Os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4), já bem precificado e sem crescimento no lucro esperado para 2018, deram lugar aos papéis do Banco do Brasil (BBAS3) e B3 (B3SA3). Ambas ações têm um beta mais elevado ao tema de crescimento do Brasil. A presença da Itaúsa (ITSA4) foi mantida.
As demais indicadas negociadas no Brasil são: AES Tietê (TIET11), BR Malls (BRML3), Carrefour (CRFB3), Fleury (FLRY3), Gerdau (GGBR4), Lojas Americanas (LAME4), Petrobras (PETR3), Rumo (RAIL3) e São Martinho (SMTO3).