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Jovens duvidam mais de aptidão de mulheres líderes, diz pesquisa

22 nov 2020, 15:04 - atualizado em 20 nov 2020, 15:43
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A porcentagem é menor do que em qualquer outra faixa etária e se compara a 76% entre pessoas de 55-65 anos (Imagem: Divulgação)

Os jovens são a faixa etária com menor probabilidade de acreditar que as mulheres têm a mesma capacidade de liderança que os homens, segundo pesquisa com 14 mil pessoas que sinaliza os desafios na busca da igualdade de gênero.

Cerca de 72% das pessoas de 18 a 34 anos nos países do G-7 consideram ambos os sexos igualmente aptos para posições de liderança, segundo pesquisa online da Kantar e do grupo Women Political Leaders.

A porcentagem é menor do que em qualquer outra faixa etária e se compara a 76% entre pessoas de 55-65 anos. As amostras foram ponderadas de acordo com o gênero, idade e perfil educacional de cada país, e nenhuma margem de erro foi fornecida.

A diferença entre as faixas etárias foi mais pronunciada na França, Reino Unido e Alemanha. No que os autores do relatório descreveram como mudança significativa de atitudes, os jovens são menos propensos em acreditar na igualdade de gênero nesses países do que os mais velhos.

A pesquisa, chamada Índice de Reykjavik para Liderança, foi realizada anualmente nos últimos três anos. Os autores do estudo disseram que houve uma “notável ausência de progresso”. Eles sugerem que isso pode estar relacionado à pandemia de Covid, que levou mulheres a passarem ainda mais tempo do que antes fazendo trabalho não remunerado em casa.

A diferença entre as opiniões de homens e mulheres na faixa etária de 18 a 34 anos traz maiores tensões e pode ter implicações duradouras para a participação no local de trabalho e diferenças salariais entre homens e mulheres no futuro. Nenhum grupo em nenhum país se mostrou totalmente confortável com uma mulher como chefe de governo ou dirigindo uma grande empresa.

“Historicamente, em tempos de crise, os estereótipos podem perdurar e em 2020 não é diferente”, disse o relatório. “Não estamos vendo avanços nas atitudes de nossas sociedades.”