Eleições

Jovem, governador gaúcho antecipa plano para chegar à Presidência

19 nov 2021, 12:46 - atualizado em 19 nov 2021, 12:46
Eduardo Leite
Com apenas 20 anos, ainda estudante de Direito, Leite assumiu a Secretaria de Cidadania da prefeitura de Pelotas, quarta maior cidade gaúcha, no sul do Estado (Imagem: Facebook /Eduardo Leite)

O tucano Eduardo Leite chegou ao cenário nacional em 2018, quando foi eleito governador do Rio Grande do Sul aos 33 anos, o mais jovem do país, mas sua história política havia começado mais de uma década antes.

Com apenas 20 anos, ainda estudante de Direito, Leite assumiu a Secretaria de Cidadania da prefeitura de Pelotas, quarta maior cidade gaúcha, no sul do Estado.

Depois disso, foi vereador, presidente da Câmara de Vereadores e prefeito da cidade, eleito em 2012. Em 2016, deixou a prefeitura e, mesmo bem avaliado, não quis ser candidato à reeleição.

A mesma promessa foi feita em 2018, durante a campanha ao governo estadual. Em um Estado em que, desde a aprovação da reeleição, em 1997, nunca um governador foi reeleito, Leite talvez fosse o que tivesse mais chances, até hoje, de quebrar essa tradição. No entanto, avesso ao modelo, decidiu manter a promessa, pelo menos até o momento.

Quem conhece o governador gaúcho sabe que a Presidência da República sempre esteve na sua mira, mas talvez não tão rápido.

No entanto, as dificuldades causadas pela pandemia e pelo próprio desastrado governo de Jair Bolsonaro, aliado a um governo bem avaliado no Rio Grande do Sul, deram a Leite e seus aliados a sensação de que esse era um bom momento de colocar seu nome nacionalmente e ele buscará dar um passo nessa direção nas prévias do PSDB no próximo domingo.

Leite também foi beneficiado, dentro do partido, pela postura difícil de seu adversário nas prévias internas, o governador de São Paulo, João Doria.

A postura do paulista, visto como atropelador e arrogante por parte dos tucanos, levaram nomes tradicionais como o ex-governador Geraldo Alckmin e o ex-senador Aloysio Nunes a bancarem um rival para tentar tirar de Doria a almejada candidatura à Presidência.

Objetivo, com fama de conciliador, Leite, como Doria, apoiou Jair Bolsonaro no segundo turno de 2018 contra uma volta do PT ao poder –uma decisão que hoje diz ter sido um erro e pela qual tem sido cobrado.

Em julho deste ano, no programa Conversa com Bial, da TV Globo, Leite fez o movimento que lhe deu mais visibilidade nacional: assumiu publicamente pela primeira vez sua homossexualidade.

Um movimento calculado que abafou ataques homofóbicos vindos de Bolsonaro e o afastou ainda mais do apoio dado ao presidente, mas não o livrou de críticas por ser homossexual e, ainda assim, ter declarado voto em Bolsonaro, autor de declarações homofóbicas.

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